A língua portuguesa arcaica, nossa língua ancestral e a língua portuguesa moderna

Por Adriano Augusto da Costa Filho
Começamos pelos primórdios da língua portuguesa, ai pelos idos dos anos de 1189 e escrito em “português arcaico”, e que para nós é a língua ancestral.
Nessa época primordial, o Amor era sempre colocado em primeiro lugar, bem porque, o Amor é a mola propulsora da humanidade e ele é quem rege a vida, sem ele adviria o desastre total para os seres humanos e se verificarmos também para os seres animais, insetos e outras vidas latentes.
Por Amor tudo se faz na vida, constrói-se e destrói-se e as diversas formas de Amor é que dão sentido à existência e existe o amor maternal, paternal, filial, o espiritual, o fraterno, o material e como sempre dizemos o “Amor à primeira vista”, entre os namorados, a animais e primordial a “DEUS”.
Para podermos definir isso tudo que foi escrito, mesmo porque é difícil e cabe a cada um definir do seu próprio modo de viver e expor, cada ser humano ama à sua própria maneira e é impossível medir o tamanho de cada Amor, talvez os Poetas possam melhor explicar o Amor e para que fique gravado, daremos alguns exemplos de Amor, por escritos e poesias e passaremos a registrar esses encantos de comentários:
A primeira poesia da nossa língua portuguesa, nos idos de 1189 e escrita em português arcaico, nossa língua arcaica foi a “Cantiga de Guarvaia” ou seja, um manto luxuoso vermelho e usado pela nobreza lusitana.
O Poeta fica extasiado com a beleza da nobre Maria Pais Ribeiro (A “Ribeirinha”) e por ele surpreendido na intimidade, mas, como ela passou a ser a amante do Rei, o Amor torna-se impossível, e ameaça “pinta-la” como a viu, isto é “sem saia, que era um manto” e então pede que ela consiga uma “guarvaia” usada pela nobreza.
Eis a canção em português arcaico e a
seguir a explicação em português moderno:
No Mundo Non me sei Parelha – Mentre me for como Vai – Ca já moiro por vós e Ai: – Mia  Senhor Branca e Vermelha – Queredes que vos Retraia – Quando vos vi em Saia – ! Mau Dia me Levantei – Que vos Enton Non vi FEA – E  Mia Senhor desde aquel Dia me foi a mim muito Mal e vos filha de Dom Pai Moniz e em vos semelha, Da ver por vós Guarvaia  – Por eu, mia Senhor d`alfaia – Nunca de vós houve nem hei, Valia de uma Correa.
Explicações em português moderno:
1- Nom me sei Parelha:
Não conheço ninguém igual a mil. 2- Mentre: Enquanto. 3- Ca: Pois. 4- Branca e Vermelha:   Cor da pele Branca, contrastando com o rosto rosado. 5: – Retraia > Pinte, retrate, descreva.  6: Em Saia, sem Manto. 7- Que ) Pois; 8- Dês – Desde, 9 – Semelha, Parece. 10 – : D`daver por vós, : receber por vosso intermédio. 11- : Alfaia > Presente. 12 – Valia d`ua correa > Pequeno Valor.
Lembrando que não havia distinção entre o masculino e feminino, ou  seja: meu senhor masculino e mia senhor era minha senhora, no feminino.
No português moderno, temos milhares de poesias sobre o amor: O amor ninguém o definiu, é sempre o mesmo, quem mais o sente menos o confessa, conhece a todos mais ninguém o viu, só está presente quando já fugiu, quanto mais se quer menos se alcança, só principia quando chega ao fim, morre num minuto e nasce a qualquer hora!!

 

Por Adriano Augusto da Costa Filho
Membro da Casa do Poeta de São Paulo, Movimento Poético Nacional, Academia Virtual Sala dos Poetas e Escritores, Academia Virtual Poética do Brasil, Ordem Nacional dos Escritores do Brasil, Associação Paulista de Imprensa, Associação Portuguesa de Poetas/Lisboa e escreve quinzenalmente para o Jornal Mundo Lusíada.

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