“Portugal Sou Eu” despertou consumidores para impacto do ‘comprar português’ diz AEP

Da Redação

Pastéis de nata perfilados para apreciação no concurso organizado pela "Confraria do Pastel de Nata" hoje 22 de Abril de 2009 na iniciativa "O peixe em Lisboa", no Pavilhão de Portugal, Lisboa. TIAGO PETINGA/LUSAA Associação Empresarial de Portugal (AEP) destacou o contributo do programa “Portugal Sou Eu” para uma alteração de “hábitos e opções de consumo” dos portugueses, ao despertá-los para o impacto do ‘comprar português’ na economia e emprego.

“Quase nove anos depois de termos sido pioneiros nesta matéria, com o lançamento da iniciativa ‘Compro o que é Nosso’, que há dois anos haveria de dar lugar ao atual ‘Portugal Sou Eu’, apraz-me registrar que os portugueses estão a mudar de hábitos e opções de consumo, não ignorando o impacto que o ‘comprar português’ tem na economia e no emprego”, afirmou o presidente da AEP à agência Lusa no âmbito do Dia da Produção Nacional, que se assinalou em 26 de abril.

Paulo Nunes de Almeida, em Belo Horizonte, Minas Gerais, onde no fim de semana a AEP organizou o evento “Vinho & Sabores de Portugal” para promoção dos vinhos, azeites e charcutaria portugueses, disse ser “incentivador” para a AEP poder contar com 350 empresas aderentes e cerca de 3 mil produtos qualificados com o selo do ‘Portugal Sou Eu’.

“Isto significa que os consumidores estão despertos para a importância social e econômica do consumo e da produção de produtos e serviços portugueses”, considerou, destacando o valor deste posicionamento numa altura em que o crescimento econômico e o emprego são apontados como os “grandes objetivos nacionais” para o período pós-programa de assistência financeira.

Na opinião de Nunes de Almeida, a colaboração entre as quatro entidades parceiras do programa – AEP, Associação Industrial Portuguesa (AIP), Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) e Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e ao Investimento (IAPMEI) – “tem vindo a dar frutos” e importa agora que o trabalho desenvolvido nos últimos dois anos, envolvendo a indústria, o comércio, os serviços e o artesanato, “se consolide e alargue até final da década, em sintonia com os objetivos estratégicos do Portugal 2020”.

A este propósito, o dirigente associativo destacou a importância de, no âmbito deste novo quadro de apoio comunitário, ser disponibilizado “o apoio financeiro necessário ao envolvimento dos consumidores e à mobilização de mais empresas, com a consequente disseminação das adesões quer em termos setoriais, quer territoriais”.

Atualmente alargado a todos os setores da economia portuguesa, desde a produção agrícola e primária aos produtos de transformação industrial, artesanato e serviços, o “Portugal Sou Eu” dinamizou também a criação da figura do ‘Estabelecimento Aderente’ de forma a distinguir e valorizar o papel do comércio a retalho e da restauração.

“São setores decisivos para o envolvimento dos consumidores e que podem desempenhar um papel muito importante na afirmação e engrandecimento de uma consciência cívica que promova a discriminação positiva do ‘made in Portugal'”, sustentou o dirigente associativo.

Segundo a AEP, nos últimos dois anos foram dinamizados um total de 113 eventos/sessões dirigidas a empresas ou ao público em geral no âmbito do programa, que conta ainda com 17 ‘embaixadores Portugal Sou Eu’, selecionados enquanto líderes de opinião de várias áreas da sociedade portuguesa para ajudar a “passar a mensagem do comprar português”.

Paralelamente, recorda a associação, a marca Portugal (símbolo da ‘versão exportação’ do Portugal Sou Eu) está a ser promovida como “marca chapéu” na maioria das ações realizadas no estrangeiro para promover e divulgar os produtos, serviços e artesanato nacionais.

Lançado em dezembro de 2012, o “Portugal Sou Eu” é um programa de ‘marketing’ coletivo do Governo português destinado a melhorar a competitividade das empresas portuguesas e a contribuir para o crescimento econômico do país. A instituição do Dia da Produção Nacional foi decidida em 2011 pela Assembleia da República para promover a valorização do que é português e sensibilizar os portugueses para a importância de consumirem produtos que geram valor acrescentado em Portugal.

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