Banif agrava prejuízos no primeiro semestre para 196 ME

Da Redação
Com Lusa

logo-banifO banco português Banif agravou os prejuízos no primeiro semestre do ano, fechando junho com um resultado líquido negativo de 196 milhões de euros, superior aos 124,6 milhões negativos nos primeiros seis meses de 2012.

De acordo com o que o banco revelou na noite de 02 de agosto à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), os resultados foram “fortemente penalizados pelo aumento das dotações para provisões e imparidades”, na casa dos 222 milhões de euros, e decorrentes da “operação creditícia no Brasil” e “do reforço adicional na área doméstica resultante de uma auditoria prudencial transversal a todos os bancos realizada por indicação do Banco de Portugal”.

Não obstante, diz o Banif, “importa referir que os resultados se encontram dentro das métricas do plano de recapitalização” firmado.

A entidade revela também que entre junho de 2012 e igual mês deste ano reduziu o número de agências bancárias, de 347 para 310, com número de colaboradores a ser agora 3.281, que compara com os 3.730 em junho de 2012.

Os custos de estrutura (custos com pessoal e gastos gerais administrativos) totalizaram 126,1 milhões de euros nos primeiros seis meses do ano, “diminuindo 12,6% face ao 1º semestre de 2012, refletindo essencialmente a concretização de medidas de racionalização e otimização adotadas pelo grupo, que se traduziu nomeadamente pela redução de 37 balcões e pela redução do número de colaboradores”, diz o banco.

O Banif colocou esta semana 26% do total de obrigações que disponibilizou aos acionistas numa operação de aumento de capital, encaixando 60 milhões de euros.

O presidente do banco, Jorge Tomé, perspectivou também recentemente que o plano de reestruturação do banco deverá ser fechado com Bruxelas em “setembro ou outubro”.

O Banif ainda está a negociar o plano de reestruturação com a Direção-Geral da Concorrência europeia, um documento obrigatório para os bancos que receberam dinheiros públicos.

Depois de Caixa Geral de Depósitos, BCP e BPI terem fechado os seus planos na semana passada, Jorge Tomé disse que o do Banif – que começou a ser negociado cerca de seis meses depois dos outros bancos portugueses – deverá ser concluído em “setembro ou outubro” e que o que falta são sobretudo questões operacionais, nomeadamente como vai Bruxelas monitorizar se o Banif está a cumprir o acordado.

O plano de reestruturação define as linhas estratégicas do Banif até 2017, sendo já conhecido que o banco vai ter de sair de muitas das operações internacionais, à exceção do negócio da emigração.

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