PM de Cabo Verde quer fundos de investimento para apoiar trocas comerciais na CPLP

Da Redação
Com Lusa

O primeiro-ministro cabo-verdiano, José Maria Neves, discursa na ONU. UN Photo/Sarah Fretwell
O primeiro-ministro cabo-verdiano, José Maria Neves, discursa na ONU. UN Photo/Sarah Fretwell

O primeiro-ministro de Cabo Verde, José Maria Neves, reclamou a criação de fundos de investimento e a criação de “plataformas” para favorecer as trocas comerciais entre os países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

Em Braga, para participar no 2º Fórum União de Exportadores CPLP, José Maria Neves, defendeu que “só faz sentido” uma comunidade se se conseguir “facilitar” a circulação de pessoas e bens entre os países aderentes.

O governante apontou a falta de financiamento como um problema comum às pequenas e medias empresas dos nove países da CPLP apontando a necessidade de “trabalhar em parceria” com o setor privado para ultrapassar esse obstáculo.

“A nível da CPLP podemos criar fundos de investimentos para apoiar as iniciativas empresariais a nível da CPLP e podemos criar plataformas que favorecem as trocas comerciais entre os diferentes países”, reclamou José Maria Neves.

“O grande problema das empresas dos países é o financiamento. Se conseguirmos criar fundos e mecanismos favorecedores poderemos facilitar o investimento mas os governos devem trabalhar em parceria com o setor privado para encontrar estas soluções”, explanou.

Para o governante, “é nessa linha que a CPLP deve continuar a trabalhar”. Até porque, realçou, “só faz sentido uma comunidade se se conseguir facilitar a circulação de pessoas e a circulação de bens para que haja mais trocas, mais oportunidades de investimento, gerar mais empregos e dinâmicas de crescimento” em todos os países daquela comunidade.

Para já, referiu, “ao nível da CPLP já existe o estatuto do cidadão lusófono” com o qual “cidadãos dos diferentes países da comunidade têm facilidades para entrar e fazer os seus negócios” num dos países da CPLP.

José Maria Neves lembrou ainda que no que respeita a Cabo Verde “há um conjunto de incentivos” de apoio ao investimento.

“O nosso código de benefícios fiscais é generoso neste sentido e facilita a realização de negócios entre os diferentes países da CPLP”, realçou.

A CPLP é composta por Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.

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