Empresas do Douro e câmaras de comércio abrem portas a negócios e novos mercados

Da Redação com Lusa

 

O primeiro Fórum Empresarial do Douro juntou hoje, em Vila Real, empresas da região, câmaras de comércio e indústria e distribuidores internacionais para trocar contatos, potenciar negócios e abrir as portas a novos mercados.

“É um momento fulcral de fortalecer a rede de contatos das nossas empresas, de fazer ‘networking’, fazer negócios, ajudar as nossas empresas a ganharem escala, a internacionalizaram-se. É preciso termos mais empresas globais a operarem em mercados globais e há aqui empresas que pretendem internacionalizar-se e outras que querem consolidar mercados externos”, salientou Mário Rodrigues, presidente da Nervir – Associação Empresarial de Vila Real.

Sentados em diferentes mesas, os representantes de câmaras de comércio e indústria e de compradores internacionais foram recebendo e falando com empresas da região ligadas a diferentes áreas de atividade, desde a fileira alimentar, com especial destaque para os vinhos, as tecnológicas e energia, naquilo que se designam as reuniões ‘Business to Business’ (B2B), ou seja reuniões de interação.

João Lopes, da Menin Wine Company, que opera há seis anos no Douro, disse que a empresa procura parcerias para o estrangeiro. Os seus principais mercados são o nacional e o brasileiro, já vende para o Luxemburgo, Suíça, Alemanha e Albânia mas quer, agora, expandir-se.

“Estamos à procura de importadores de vinho para a Europa essencialmente”, frisou, destacando a importância dos contatos diretos, como os que foram hoje proporcionados pela Nervir.

O foco da produtora de vinhos é a Europa, mas os olhos também estão postos em África e, por isso, a conversa com as representantes do Consulado Honorário da República de Angola.

“O nosso papel aqui é vender Angola, atrair investidores para Angola onde, neste momento, temos a agricultura em expansão”, afirmou Teresa Bandeira, assessora do cônsul honorário de Angola em Vila Real.

Carlos Torres, da Câmara de Comércio e Indústria Portugal – Hong Kong, realçou que o papel desta organização é ajudar as empresas a entrarem naquele mercado asiático tradicionalmente financeiro, mas que, nos últimos anos, tem apostado na inovação, novas tecnologias, novos materiais e na inteligência artificial.

“Não realizámos negócios, mas criamos o ambiente para que depois se possam realizar esses negócios. A parte comercial deixámos para cada empresa”, referiu, salientando que esta câmara de comércio tem trabalhado no sentido de aproximar o tecido empresarial português ao de Hong-Kong.

Hoje, no Douro, fizeram principalmente contatos com empresas do ramo agroalimentar, da área das energias (painéis solares), consultoria e serviços.

Desidério Martins, representante da empresa de medicina e segurança no trabalho, a Quirónprevención, também instalada na região, aproveitou o fórum para apresentar os serviços proporcionados por este grupo espanhol com o “intuito de desenvolver parcerias”.

“As câmaras de comércio representam um grupo alargado de clientes e, assim, conseguimos ter acesso a um leque variado de outras empresas. Aqui o objetivo é fazermos contatos para conseguirmos chegar a mais empresas e clientes”, sublinhou.

A Nervir realizou entre quarta-feira e hoje a primeira edição do Fórum empresarial do Douro, na qual se discutiu temas como os desafios das empresas em territórios de baixa densidade”, ainda o impacto do Portugal 2030 e do Programa de Recuperação e Resiliência (PRR), e setores de atividade como o agroalimentar a construção e a indústria.

“Hoje em dia falarmos em litoral e falarmos em interior começa a ser cada vez mais redutor, as vias de comunicação aproximam-nos cada vez mais, estamos a cerca de uma hora de grandes centros urbanos. Nós temos muitas vantagens competitivas, temos de sabe comunicá-las, alavancá-las e fazer das nossas empresas fortes em mercados globais”, sublinhou Mário Rodrigues.

 

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