Câmara Municipal de São Carlos promoveu Sessão Solene na comemoração do 25 de Abril

Por Odair Sene
Mundo Lusíada

 

Exatamente no dia 25 de abril o plenário da Câmara Municipal de São Carlos (interior de São Paulo) recebeu 28 presenças, entre associados e amigos da Casa de Portugal e da comunidade Luso-Brasileira de São Carlos para a Sessão Solene comemorativa do cinquentenário do “25 de Abril” – conhecido no mundo lusófono por “Dia da Revolução dos Cravos”. A solenidade do 25 de Abril foi proposta pelo Vereador Licenciado Azuaite Martins de França.

Representantes da Casa de Portugal local discursaram nesta solenidade, como o atual presidente Paulo Gabriel de Sousa Palo e o ex-presidente Rui Jorge Correia Taipas Sintra, nesta ocasião representando o CCLB – Conselho da Comunidade Luso Brasileira. Além de representantes da Câmara que também falaram em plenário.

Autoridades presentes: Sra. Danieli Fernanda Favoretto Valenti – Secretária Municipal do Trabalho, emprego e Renda, representando o Prefeito Municipal Airton Garcia; o Vereador Licenciado Azuaite Martins de França – propositor da solenidade, que é associado e membro ativo da Casa de Portugal de São Carlos; e Dr. José de Almeida Júnior – Presidente do Conselho Deliberativo da Casa de Portugal de São Carlos.

A comunidade portuguesa de São Carlos pôde acompanhar a solenidade na Câmara Municipal devido a uma parceria entre as duas instituições: Câmara e Casa de Portugal, que disponibilizaram também a transmissão ao vivo por diversos canais, como no canal da Câmara no Youtube.

A Sessão Solene contou com a presidência da Vereadora Eliana Casanova, representando o presidente da Câmara Municipal de São Carlos – Vereador Marquinho Amaral; e teve como tema central os 50 anos da Revolução dos Cravos, como data emblemática para o povo português por marcar o fim do regime salazarista, ditadura que comandava o país desde 1926.

Registrou-se nesta noite representação das seguintes entidades: Câmara Municipal de São Carlos; Prefeitura Municipal de São Carlos; Conselho da Comunidade Luso-brasileira do Estado de São Paulo; Loja maçônica Eterno Segredo; Loja maçônica Trabalho com Fraternidade; Loja maçônica Memphis; 1° Quarteirão de Amigos de São Carlos; Rotary Club de São Carlos; Rotary Club de São Carlos Clima; e Aliança Francesa. Além de seis vereadores e a presença de dois ex-vereadores (sendo um dele o Sr. Daniel Lima, que ajudou a Casa de Portugal na altura da formação).

Como “orador” o ex-dirigente Rui Sintra, esta noite como representante do Conselho da Comunidade, falou dos objetivos do CCLB fundado em 1981, que reúne as associações portuguesas e com isso valorisa o movimento associativo de São Paulo.
Na sequência discursou sob o tema do evento, falando sobre o 25 de Abril de 1974, como “um momento marcante do nascimento da democracia portuguesa, uma data que simboliza o início de um caminho de profundas transformações económicas, sociais e culturais, um caminho sob a luz da liberdade” (…) “Um ano depois, no dia 25 de abril de 1975, os portugueses votaram pela primeira vez em liberdade depois de décadas de ditadura e as forças armadas conseguiram aniquilar uma tentativa de contra-golpe em 25 de novembro desse mesmo ano, num dia em que a democracia venceu o extremismo”, disse ele em plenário e no artigo publicado em www.saocarlosagora.com.br/

Por sua vez o presidente da Casa de Portugal, Paulo Gabriel de Sousa Palo, fez seu discurso dizendo que “Há momentos na história de um país que transcendem o tempo, marcando profundamente a identidade e o destino de uma nação. O 25 de Abril é um desses momentos para Portugal, um marco de coragem, esperança e determinação que mudou para sempre o rumo de nossa história”.

E seguiu: “Como presidente desta Casa de Portugal, sinto-me profundamente emocionado ao recordar o impacto que essa revolução teve em minha própria vida e na vida de tantos outros”, disse lembrando de sua infância e daquele dia que marcou para sempre sua vida.

“Lembro-me vividamente da minha primeira lição de liberdade e democracia, quando, umas semanas passadas, testemunhei na sala de aula a remoção de um quadro que continha a imagem do ditador Salazar e ouvi as palavras esperançosas da diretora da escola: ‘crianças, aquele espaço está agora livre para um próximo governante, SÓ QUE esse governante será escolhido pelos vossos pais’. Essa experiência deixou uma marca permanente em mim, uma forte lembrança do poder transformador da liberdade e da democracia”.

O presidente da Casa de Portugal fez citações ainda sobre a música-símbolo daquele acontecimento “Grândola, Vila Morena”, de Zeca Afonso, falou dos Cravos vermelhos nos canos das armas dos militares, que foi símbolo pacífico de resistência e esperança.

 

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