Por:
Carlos Fino

SOMOS TODOS IHOR

Em dezembro de 1961, tinha eu treze anos, Artur Agostinho descrevia pela rádio, em tons dramáticos e pesarosos, a invasão pela União Indiana dos territórios sob administração portuguesa no subcontinente.

As atribulações da agência Lusa no Brasil

Ao longo do último quarto de século – desde meados dos anos 90 até hoje – a agência Lusa fez várias tentativas de se implantar no Brasil. Essas diligências ou a ausência delas e o seu maior ou menor empenho funcionam quase como que um barómetro das relações bilaterais.

A narrativa antilusitana do sistema de ensino

Está tudo num estudo sobre a imagem dos portugueses nos livros didáticos de história do Brasil financiado pela Fundação Gulbenkian, em finais dos anos 80[1]. Mais de três décadas depois – a julgar pela pesquisa que nós próprios realizamos[2] – a situação, no essencial, não se alterou.

O Apagão Mediático Português no Brasil

Em 2000, ao fazer o balanço das comemorações dos 500 anos da descoberta do Brasil, Eduardo Prado Coelho escrevia que Portugal, se quisesse assegurar uma presença relevante além Atlântico, teria de “actuar em termos muito intensos de indústria cultural e ocupação mediática”.

Jesus e a raiz portuguesa do Brasil

O súbito e inesperado triunfo de Jorge Jesus no Brasil à frente do Flamengo trouxe de novo para a atualidade – com o imenso impacto mediático de que só o chamado desporto-rei desfruta no “país do futebol” – a sempre polémica e ambígua questão do relacionamento bilateral.

BRASIL: A Esquerda mereceu perder

Bolsonaro é o novo presidente eleito do Brasil. Capitão do Exército na reforma, com folha de serviços controversa, deputado sem expressão há dezenas de anos, homem do baixo clero antes pouco considerado entre os próprios pares, Bolsonaro conseguiu, com meia dúzia de frases rasas, em que perpassa intolerância social e política, polarizar uma onda de apoio que agora o guindou à chefia do Estado.

Os novos canhões do czar

Mísseis balísticos intercontinentais de nova geração movidos a energia nuclear, de alcance ilimitado e capazes de contornar todos os sistemas de defesa atualmente existentes; mini-submarinos atómicos de controlo remoto equipados com ogivas nucleares múltiplas; canhões e lançadores de ultraprecisão guiados a laser

O povo está nas ruas

De Salvador ao Rio de Janeiro e São Paulo, passando por Olinda, Recife e toda uma infinidade de pequenas e médias cidades, de norte a sul do Brasil, o povo está nas ruas.

Preservar o direito, defender a democracia

Cinquenta anos volvidos, assistindo a numerosos casos, em Portugal e no Brasil, em que procuradores e juízes invocam o fundo moral das questões para justificar o desrespeito por normas secularmente consagradas destinadas a garantir os direitos da defesa, a minha preocupação é a inversa

Lula – o último combate

Ao ser condenado com pena agravada no recurso que interpôs contra a sentença de Moro na primeira instância, Lula da Silva está – por força da lei da Ficha Limpa – praticamente afastado das eleições presidenciais deste ano

Instabilidade no Mediterrâneo, por Carlos Fino

Tunísia voltou esta semana às ruas num vasto movimento contra as medidas de austeridade decretadas pelo governo: cortes nos subsídios sociais e aumento de impostos, subida dos preços da gasolina, carros, comunicações telefónicas e internet, etc.

A terrinha está na moda, por Carlos Fino

Há meses que entre os meus amigos brasileiros – do Ceará a Santa Catarina, passando por Brasília – não se fala de outra coisa: são cada vez mais os “brazucas” que estão investindo no imobiliário em Portugal ou até mudando-se de malas e bagagens para viver na terrinha.

A Revolução Russa e Eu, por Carlos Fino

Nessa altura, no interior do Alentejo, de onde vinha, a informação era pouca e a leitura escassa, embora houvesse grupo de teatro amador que levava à cena Almeida Garrett e, aos poucos, começassem, também, a chegar os livros dos primeiros neorrealistas.

Catalunha – sem diálogo, não há saída. Por Carlos Fino

Era o culminar de anos de um confronto larvar em que Madrid, sob a iniciativa dos conservadores do Partido Popular, conseguiu, de 2010 para cá – com recurso ao Tribunal Constitucional – não só travar o desejo de independência dos líderes catalães, como até reduzir ou eliminar algumas das prerrogativas e direitos de que já desfrutara Barcelona.

A Geringonça pegou fogo, por Carlos Fino

Com a demissão da ministra da administração interna e um pedido de desculpas tardio arrancado a ferros pela Oposição no debate parlamentar desta quarta-feira, António Costa não salva a imagem negativa do governo na gestão da crise gerada pelos incêndios

Uma nova Guerra Fria? Por Carlos Fino

“Até agora, temos sido bastante contidos e pacientes, mas não podemos continuar a deixar sem resposta os sucessivos atos de insolência contra o nosso país.” – afirmou, em substância, o presidente russo.