Portugal com 241 casos confirmados de infecção com Monkeypox

Da Redação com Lusa

Portugal registrou mais 10 casos de infecção pelo vírus Monkeypox, elevando para 241 o total de pessoas infectadas, todos homens que estão clinicamente estáveis, anunciou a Direção-Geral da Saúde (DGS).

Segundo a DGS, todas as infeções confirmadas pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) são em homens entre os 19 e os 61 anos, tendo a maioria menos de 40 anos.

A maior parte das infeções foram notificadas em Lisboa e Vale do Tejo, mas também há registo de casos nas regiões Norte e Algarve, avançou a autoridade de saúde, que adianta ainda que os infetados pelo vírus se mantêm em acompanhamento clínico, encontrando-se estáveis.

Na terça-feira, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou que o Comité de Emergência se vai reunir na próxima semana para avaliar se o surto de Monkeypox representa uma emergência internacional de saúde pública, face ao comportamento incomum do vírus e ao número de países com casos confirmados.

Segundo Tedros Adhanom Ghebreyesus, esta avaliação do Comité de Emergência da OMS justifica-se pelo facto de o vírus “estar a comportar-se de uma forma incomum”, pelo crescente número de países com casos confirmados de infeção e ainda pela necessidade de uma resposta coordenada, tendo em conta a dispersão geográfica que a doença regista atualmente.

Desde o início do ano, a OMS já registou mais de 1.600 casos confirmados de Monkeypox em 39 países, incluindo 32 países que não tinham registado de surtos da doença, entre os quais Portugal.

De acordo com as autoridades de saúde, a manifestação clínica da Monkeypox é geralmente ligeira, com a maioria das pessoas infetadas a recuperar em poucas semanas da doença.

Os sintomas incluem febre, dor de cabeça, dores musculares e nas costas, nódulos linfáticos inchados, calafrios, exaustão, evoluindo para uma erupção cutânea.

O período de incubação é tipicamente de seis a 16 dias, mas pode chegar aos 21 e, quando a crosta cai, a pessoa infectada deixa de ser infecciosa.

Casos no Brasil

A Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro (SMS-Rio) confirmou neste dia 15 o primeiro caso da varíola dos macacos na cidade. A vítima é um brasileiro, de 38 anos, mas que mora em Londres, na Inglaterra. Ele chegou ao Brasil no sábado (11) e, no dia seguinte, procurou atendimento médico no Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, da Fundação Oswaldo Cruz (INI/Fiocruz).

O Ministério da Saúde informou dia 12 de junho que o CIEVS do Rio Grande do Sul notificou ao CIEVS Nacional a ocorrência de caso importado de Monkeypox, confirmado laboratorialmente por RT-PCR pelo Instituto Adolf Lutz de São Paulo (IAL/SP).

O paciente residente em Porto Alegre/RS, do sexo masculino, 51 anos, tem histórico de viagem para Portugal, com retorno ao Brasil no dia 10/06/2022. O paciente está em isolamento domiciliar, junto com os seus contatos, apresenta quadro clínico estável, sem complicações e está sendo monitorado pelas Secretarias de Saúde do Estado e do Município.

Até o momento, o Brasil tinha registrado três casos confirmados, sendo dois em São Paulo e um no Rio Grande do Sul, e em investigação seis casos suspeitos. Todos seguem em isolados e em monitoramento. O primeiro caso foi confirmado em São Paulo, de um viajante que também passou por Portugal e Espanha.

 

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