Da redação com Lusa
Manifestantes apoiantes de Bolsonaro invadiram hoje o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal (STF), sede do legislativo, executivo e do judiciário, num protesto violento na capital do Brasil.
A invasão começou depois de apoiantes radicais do ex-presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas eleições em outubro passado, terem convocado um protesto para a Esplanada dos Ministérios, em Brasília.
Apesar de a polícia militar de Brasília ter colocado barreiras de proteção, os “bolsonaristas” avançaram e furaram o cerco policial. Há imagens dos invasores dentro do salão verde do Congresso, e dentro e fora no Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal (STF).
Antes da invasão, o ministro da Justiça do Brasil, Flávio Dino, afirmou ter conversado com governadores sobre as convocações dos protestos de “bolsonaristas” e disse esperar que a polícia não necessitasse de agir para conter atos violentos desses grupos.
Há imagens da barreira dos polícias na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, a ser “furada” pelos manifestantes vestidos de verde e amarelo. Os “bolsonaristas” arrancaram grades para entrar na Praça dos Três Poderes enquanto os agentes tentavam contê-los com ‘spray’ de gás pimenta.
A invasão no Congresso brasileiro lembra um ato semelhante ocorrido nos Estados Unidos da América por extremistas que apoiavam então o ex-presidente Donald Trump, derrotado nas urnas, antes da posse do atual chefe de Estado norte-americano, Joe Biden, em 06 de janeiro de 2021.
Em vídeos que circulam nas redes sociais é possível ver os “bolsonaristas” pedindo intervenção federal dentro do Congresso.
O Governo português emitiu uma nota de repúdio às “ações de violência e desordem” que tiveram lugar em Brasília.
“O Governo transmite a sua inteira solidariedade à Presidência da República do Brasil, ao Congresso e ao Supremo Tribunal Federal, cujos edifícios foram violados nas manifestações anti-democráticas que tiveram lugar esta tarde.”, pode ler-se no texto.
Há informações de que cerca de quatro mil “bolsonaristas” chegaram a Brasília para este ato, convocados nas redes sociais por grupos.
O Ministro da Justiça usou as redes sociais para dizer que “essa absurda tentativa de impor a vontade pela força não vai prevalecer. O Governo do Distrito Federal afirma que haverá reforços. E as forças de que dispomos estão agindo. Estou na sede do Ministério da Justiça”.
Já há imagens também da cavalaria da Polícia Militar dispersando parte da multidão.
O presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva se pronunciou e declarou intervenção federal na área do DF na área da segurança pública.
O presidente da Câmara publicou nas redes sociais que o Congresso Social jamais negou “voz a quem queira se manifestar pacificamente”. “Mas nunca dará espaço para a baderna, a destruição e vandalismo.”