Retroceder na integração europeia seria “um erro”, defende governo português

Da Redação
Com Lusa

Marcelo Rebelo de Sousa acompanhado pelo primeiro ministro António Costa. ANDRÉ KOSTERS / LUSA

O primeiro-ministro, António Costa, alertou que um eventual retrocesso na integração europeia seria “um erro”, e defendeu um futuro da União Europeia (UE) com “tantos Estados-membros quanto possível”, unidos nas mesmas prioridades.

Costa, em conjunto com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, esteve presente numa aula-debate com jovens na Faculdade de Direito de Lisboa, e a dado momento foi questionado por um aluno quanto ao Livro Branco sobre o futuro da UE e os seus diferentes cenários.

Primeiro, o chefe do Governo excluiu perentoriamente o cenário de menor inclusão, indicando que “retroceder” na construção europeia “seria um erro”, e depois afirmou que “a Europa ganhava em concentrar-se naquilo que é prioritário”, elencando matérias como a segurança interna, convergência na zona euro ou inovação.

O Livro Branco é o contributo da Comissão Europeia para a Cimeira de Roma, que teve lugar no final de março, momento em que a UE debateu as realizações dos últimos 60 anos mas também o seu futuro a 27, sem o Reino Unido.

Prevê-se que a Comissão Europeia, juntamente com o Parlamento Europeu e os Estados-Membros interessados, organize nos próximos tempos uma série de “debates sobre o futuro da Europa” em várias cidades e regiões de toda a Europa.

Em setembro, no discurso do estado da União, Juncker irá desenvolver as ideias debatidas, prevendo-se que possam retirar-se as primeiras conclusões durante o Conselho Europeu de dezembro.

Assim, poderá ser decidida a linha de atuação a seguir, a tempo das eleições para o Parlamento Europeu de junho de 2019, tendo Juncker apelado a que os grupos políticos voltem a apresentar os seus candidatos à presidência da Comissão Europeia.

O Primeiro-Ministro referiu que os desafios podem ser melhor enfrentados em cooperação, afirmando que “sozinhos estaríamos sempre pior do que em conjunto”, nomeadamente em problemas como o terrorismo.

António Costa referiu ainda que Portugal mudou bastante desde a adesão à então Comunidade Econômica Europeia, em 1986. “Se pusermos o País em perspetiva, verificamos que a entrada na União Europeia mudou radicalmente o perfil de Portugal”, afirmou, dando como exemplo o aumento do Produto Interno Bruto e a aproximação do País através de maiores e melhores infraestruturas.

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