Brasil e Portugal discutem parceria estratégica no 1º Diálogo da Indústria de Defesa

Da Redação

Foto: Jorge Cardoso/ MD
Foto: Jorge Cardoso/ MD

A parceria estratégica no setor de defesa entre Brasil e Portugal ganha reforços com a realização do primeiro Diálogo de Indústria de Defesa Brasil-Portugal, que ocorre nesta quinta e sexta-feira, dia 10 de fevereiro, na Cidade do Porto.

O objetivo do encontro é reunir setores do governo e das indústrias de defesa dos dois países para estabelecer mecanismos que ampliem possibilidades de negócios, além de criar uma agenda comum e permanente de contato.

Exemplo de parceria de sucesso já existente é a participação da indústria de defesa portuguesa no desenvolvimento e na produção da aeronave KC-390, projeto estratégico da Defesa que tem como objetivo uma aeronave com baixo custo operacional e que cumpra uma variada gama de missões, como transporte logístico militar, reabastecimento em voo, busca e resgate, patrulha marítima, combate a incêndios e dentre outras.

“O desenvolvimento do KC-390 é conduzido de forma conjunta por causa da reconhecida capacidade industrial e tecnológica da indústria portuguesa”, explica o ministro da Defesa, Raul Jungmann.

Atualmente, uma subsidiária da Embraer está instalada na cidade portuguesa de Évora onde já são produzidos diversos componentes do KC-390 e de outras aeronaves. Além da tradicional empresa aeronáutica OGMA, a Embraer possui também duas fábricas de componentes na mesma cidade portuguesa. Uma planta produz peças metálicas e, outra, materiais compostos.

Existe a possibilidade de Portugal ser um dos operadores da aeronave, o que abriria espaço para o KC-390 na OTAN (Organização do Tratado do Atlântico-Norte), já que o cargueiro passaria a ser utilizado em operações conjuntas, ampliando ainda mais as possibilidades de sua comercialização.

No I Diálogo Indústria de Defesa Brasil-Portugal, são realizados debates entre representantes dos dois países e está prevista a assinatura de um acordo na área de catalogação, para reconhecimento mútuo de produtos de defesa. “Com esse reconhecimento aos produtos aqui fabricados, será possível identificar toda a cadeia de produção nacional, o que é um passo importante para que possamos explorar o mercado europeu, criando um canal permanente de diálogo e de cooperação na área de defesa”, afirma o secretário de Produtos de Defesa do Ministério brasileiro da Defesa, Flávio Basílio.

Na programação do encontro, estão previstas ainda apresentações institucionais, nas quais os dois países mostrarão suas ações governamentais para o fortalecimento do setor e discussões sobre as perspectivas de parcerias comerciais e de desenvolvimento conjunto.

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