Infantino: Ex-secretário-geral da Uefa é eleito presidente da Fifa

O novo presidente da Fifa. Foto Lusa
O novo presidente da Fifa. Foto Lusa

Da Redação

O ítalo-suíço Gianni Infantino, 45 anos, foi eleito em 26 de fevereiro o novo presidente da Federação Internacional de Futebol (Fifa). O ex-secretário-geral da Federação Europeia de Futebol recebeu 115 dos 207 votos computados.

Infantino derrotou o xeque do Bahrein Salman bin Ebrahim Al Khalifa (88 votos), um dos favoritos, além do príncipe jordaniano Ali Bin Al-Hussein (quatro votos) e do francês Jérôme Champagne (nenhum voto). O sul-africano Tokyo Sexwale desistiu da candidatura pouco antes do início do pleito.

Além disso, os nomes do francês Michel Platini e do liberiano Musa Hassan Bility foram retirados da lista. Platini desistiu das eleições, após ter sido acusado de corrupção e suspenso do futebol por 8 anos. Musa Hassan Bility foi impedido de participar das eleições na etapa de “controle de integridade”. A Fifa não divulgou a causa da exclusão.

A eleição desta sexta-feira definiu o sucessor de Joseph Blatter, que atuou como presidente da entidade desde 1998. Blatter renunciou depois que as autoridades de Justiça dos Estados Unidos e da Suíça deflagaram uma operação internacional contra a corrupção no futebol. A entidade foi obrigada a esclarecer denúncias de que seus principais dirigentes cobravam propina para negociar contratos de marketing, transmissão de jogos e a escolha dos países-sede da Copa do Mundo.

O congresso em Zurique reuniu 209 federações filiadas, das quais 207 estavam aptas a votar. As federações do Kuwait e da Indonésia estão suspensas.

O antigo futebolista português Luís Figo, que chegou a estar na corrida para a presidência da FIFA em maio, acabando por retirar a candidatura, assim como José Mourinho, apoiava Gianni Infantino para este ato eleitoral do organismo.

“Gianni Infantino conhece o futebol por dentro e a sua experiência, competência, trabalho duro e honesto fazem dele o melhor candidato à presidência da FIFA”, justificou o português na sua página oficial no do Facebook.

O ex-internacional luso revelou na época conhecer Gianni Infantino há alguns anos e que tiveram a oportunidade de falar, quando foi candidato à FIFA. “Partilhamos a mesma visão e temos alguns projetos e ideias em comum”, acrescentou Figo, dizendo que o secretário-geral da UEFA “representa uma nova geração de dirigentes” que querem mudar a FIFA e torná-la numa organização que coloque o futebol acima de tudo o resto.

FPF
A Federação Portuguesa de Futebol (FPF) congratulou-se com a eleição de Infantino, depois de ter apoiado a candidatura do ítalo-suíço à substituição de Joseph Blatter.

“Gianni Infantino realizou um trabalho extraordinário na UEFA, fundamental no desenvolvimento da organização e das federações. Nos últimos meses vimos como foi capaz de dialogar e construir pontes. Estamos certos de que estará à altura deste que será seguramente o desafio da sua vida”, justifica o presidente Fernando Gomes.

Em comunicado, o dirigente regozija-se com o resultado de Infantino, considerando-o importante para o futebol, “um desporto de dimensão planetária, que enfrenta alguns problemas globais”.

“A FIFA é uma organização ferida, que necessita de uma liderança forte e credível. Foi grande a disponibilidade da FPF no sentido de construir uma solução sólida que ajudasse a mudar o organismo que dirige o futebol mundial. Há um ano, por ocasião da candidatura de Luís Figo, deixamos claro que era urgente discutir, debater e fazer diferente”, recorda.

“A eleição de Infantino representa uma nova oportunidade para a FIFA e a FPF continuará disponível para ajudar a pensar e construir o novo edifício do futebol mundial”, conclui.

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