Presidente encarrega líder do PSD de encontrar solução governativa que assegure estabilidade

Mundo Lusíada
Com Lusa

Foto/Arquivo: Novembro/2011

O Presidente da República anunciou nesta noite em Lisboa que encarregou o líder do PSD de desenvolver diligências para avaliar as possibilidades da constituição de uma “solução governativa que assegure a estabilidade política e a governabilidade do país”.

“Tendo em conta os resultados das eleições para a Assembleia da República, em que nenhuma força política obteve uma maioria de mandatos no Parlamento, encarreguei o Dr. Pedro Passos Coelho de desenvolver diligências com vista a avaliar as possibilidades de constituir uma solução governativa que assegure a estabilidade política e a governabilidade do país”, afirmou o chefe de Estado, numa comunicação ao país.

Lembrando os “complexos desafios” que o país enfrenta, Cavaco Silva apontou algumas condições a cumprir pelo novo Governo, considerando que deverá dar garantias firmes de que respeitará os compromissos internacionais assumidos pelo Estado e as grandes opções estratégicas adotadas pelo país “desde a instauração do regime democrático e sufragadas, nestas eleições, pela esmagadora maioria dos cidadãos”.

“Portugal necessita neste momento da nossa história de um governo com solidez e estabilidade. Este é o tempo do compromisso. O país tem à sua frente um novo ciclo político em que a cultura do diálogo deve estar sempre presente” declarou Cavaco Silva.

Na curta comunicação ao país que fez esta noite, Cavaco Silva disse confiar que “as forças partidárias vão colocar em primeiro lugar o superior interesse de Portugal” e insistiu que é fundamental que, depois das escolhas feitas no domingo pelos portugueses nas eleições legislativas – que deram a vitória à coligação PSD/CDS-PP – “seja agora formado um governo estável e duradouro”.

Lembrando os “complexos desafios” que o país enfrenta, Cavaco Silva em particular, observou, “exige-se a observância das obrigações decorrentes da participação nas organizações internacionais de defesa coletiva, como a NATO, e da adesão plena à União Europeia e à Zona Euro”.

Na sua comunicação ao país, que proferiu pouco mais de uma hora depois de ter estado reunido com o líder do PSD, Pedro Passos Coelho, o Presidente da República recordou que, depois da subscrição do programa de assistência financeira em 2011 e da sua conclusão em maio de 2014, Portugal conseguiu regressar aos mercados com sucesso para financiar o próprio Estado e a economia.

Por isso, acrescentou, na próxima legislatura, Portugal “deve seguir uma trajetória sustentável de crescimento da economia e criação de emprego, que permita a eliminação dos sacrifícios que foram exigidos aos portugueses e o combate às situações de pobreza”.

“Estes objetivos têm de ser alcançados ao mesmo tempo que são cumpridas as regras europeias de disciplina orçamental, tal como acontece com os outros Estados membros da Zona Euro”, insistiu.

Por outro lado, será necessário assegurar a sustentabilidade da dívida pública, o equilíbrio das contas externas, a redução do endividamento para com o estrangeiro e a competitividade da economia.

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