Governo português quer que exportações representem 50% do PIB até 2020

Da Redação
Com Lusa

Foto: Antonio Cotrim/Lusa
Primeiro-ministro Pedro Passos Coelho. Arquivo Foto: Antonio Cotrim/Lusa

O primeiro-ministro Pedro Passos Coelho, afirmou que quer que as exportações portuguesas ultrapassem os 50% do PIB em 2020, situando-se nos 46% em 2017, permitindo atingir níveis semelhantes aos de países europeus da mesma dimensão.

“Em 2009, o peso das exportações no produto (PIB) era apenas de 29%, em 2014 ultrapassou os 40%, mas nós queremos alcançar até 2020 uma meta superior a 50%, com 46% até final de 2017, o que nos colocará em níveis semelhantes aos de outros países europeus da nossa dimensão”, afirmou o primeiro-ministro, perante uma plateia de empresários portugueses e moçambicanos, no fórum de negócios Moçambique – Portugal.

“Nos últimos quatro anos mostramos que é possível recuperar competitividade e sem recurso a desvalorizações cambiais, através de um esforço público e privado, de reorientação de recursos e prioridades, que nos oferece mais condições de sustentabilidade do nosso crescimento económico”, continuou Pedro Passos Coelho.

“Pela primeira vez em décadas a nossa balança é excedentária, o nosso déficit orçamental situar-se-á este ano abaixo de 3%, o que nos permitirá pela primeira vez desde a existência do euro sair do procedimento por défice excessivo”, sublinhou.

O chefe de Governo acrescentou também que o país tem ganho quota de mercado nos mercados de exportação. “Também diversificámos, com uma extraordinária rapidez, as trocas comerciais para fora da União Europeia, e com a retoma econômica da Europa e o aprofundamento do mercado interno, beneficiaremos também do crescimento econômico dos nossos parceiros mais próximos, como de resto está bem patente já com o caso espanhol”, declarou.

Passos Coelho considerou ainda que “todas estas conquistas, todos estes valores”, revelam que Portugal tem “uma base muito mais sólida e sustentável para o crescimento econômico futuro, já não assente meramente no consumo interno financiado por excesso de endividamento público e privado, mas antes da produtividade, na criatividade, na inovação e na competitividade.

“Queremos que a economia portuguesa seja uma das mais abertas da Europa para que possamos crescer sem estarmos limitados pela pequena dimensão do nosso mercado interno”, sublinhou o primeiro-ministro, acrescentando que o país percorreu “um exigente caminho de eliminação de desequilíbrios estruturais de que a economia padeceu durante demasiado tempo”.

Para o primeiro-ministro, o “crescimento econômico e a criação de emprego são as principais apostas”, que vincou que “a alavanca para a prosperidade futura” passa por “reformas estruturais abrangentes” feitas até aqui e que continuarão no futuro.

Na opinião do primeiro-ministro, “tanto Moçambique como Portugal estão numa conjuntura positiva de crescimento” que deve ser aproveitada, tendo apelado à criação de parcerias entre as empresas portuguesas e moçambicanas.

“Estamos atentos às oportunidades que nos esperam, aguardamos com expectativa que a aposta seja nos dois sentidos e que comecem a surgir investimentos também de empresas moçambicanas em Portugal”, declarou Passos Coelho perante os investidores dos dois países e o Presidente da República de Moçambique, referindo que, em 2014, Portugal foi o quarto país que mais investiu em Moçambique.

Na sessão de abertura intervieram também o Presidente da República de Moçambique, Filipe Jacinto Nyusi, o presidente da Aicep Portugal Global, Miguel Frasquilho e o presidente da Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), Rogerio Manuel.

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