São Paulo tem estreia inédita e curta temporada do espetáculo Florbela Espanca

TeatroFlorbelaEspanca_Lorenna Mesquita

Mundo Lusíada

O Teatro MuBe Nova Cultural traz o espetáculo Florbela Espanca – A Hora que Passa; um solo teatral sobre a vida e obra de uma das maiores poetas portuguesas.

Com estreia marcada para o dia 06 de setembro, às 20h30, a peça terá curta temporada no Teatro MuBE e conta com apoio institucional da Casa de Portugal de São Paulo. O espetáculo estreou em março de 2014 em Portugal, no dia Mundial da Poesia, e percorreu 16 cidades em 40 dias de temporada internacional e agora estreia no Brasil.

Com direção de Fabio Brandi Torres, a atriz Lorenna Mesquita vive Florbela Espanca. Em sua última hora de vida, a poeta discorre sobre si mesma e questiona o papel da mulher na década de 20 com reflexões que ainda cabem para os dias atuais.

A montagem é resultado de um processo de pesquisa desenvolvida ao longo de três anos com o estudo da obra de Florbela Espanca e visita às principais cidades portuguesas em que a poeta viveu – Vila Viçosa, Évora, Lisboa, Porto e Matosinhos – para conhecer de perto os ambientes e a cultura que a influenciaram.

“Quando conheci as poesias de Florbela Espanca, o que mais me chamou atenção foi a sua intensidade. Ela parecia viver exatamente o que escrevia. Um misto de amor e de dor. Ao reunir todo o material que acreditava não poder ficar fora de uma peça sobre Florbela, cheguei a uma dramaturgia que daria mais de três horas de espetáculo. Foi então que conheci o dramaturgo e diretor Fabio Brandi Torres em uma leitura de uma peça de Luis Eduardo de Sousa e o convidei para o projeto. O resultado, para mim, é uma linda colcha de retalhos que me emociona sempre que a toco” declara a atriz.

Sócios da Casa de Portugal, familiares e amigos têm desconto promocional nos ingressos adquiridos na bilheteria do teatro: de R$ 60,00 por R$ 20,00. Os ingressos também estão a venda, inteira (R$ 60,00) ou meia-entrada (R$ 30,00), pelo site>>

SINOPSE

Em sua última hora de vida, Florbela Espanca repassa sua vida, relembrando os principais momentos, sempre fazendo menções também à sua obra. Ela começa contando uma parábola sobre vida, morte e destino que ela escreveu inspirada num conto indiano. Em seguida, começa a discorrer sobre o que pensa a respeito da vida, suas angústias, amores e dores. Florbela apresenta-se como uma mulher angustiada e ao mesmo tempo forte, mostrando quem ela é como pessoa e artista e pede para que a aceitem, pois só assim poderão lhe ter amor. Diz que sua dolorosa experiência ensinou que ela é só e que por mais que se debruce sobre o mistério de uma alma, nunca o desvenda, que o amor não passa de uma pobre coisa banal, incompleta, imperfeita e absurda. Sente-se triste, abandonada e só, pois tem esgotado todas as sensações artísticas, sentimentais e intelectuais. Sente-se afundar. Por fim, tem esperança de que alguém ao ler seus descosidos monólogos, realize o que ela não pôde: conhecer-se.

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