Prorrogada até 16 de março interdição de desembarque de cruzeiros

Mundo Lusíada
Com Lusa

A interdição do desembarque e licenças para terra de passageiros e tripulações dos navios de cruzeiro nos portos nacionais foi prolongada, pela 16.ª vez desde maio, até dia 16 de março, segundo despacho desta segunda-feira.

A prorrogação da proibição do desembarque e licenças para terra de passageiros e tripulações dos navios de cruzeiro nos portos nacionais produz efeitos “até às 00:00 horas do dia 16 de março”, podendo ser prorrogado em função da evolução da situação epidemiológica.

A interdição foi determinada pelo Governo pela primeira vez às 00:00 horas de 14 de maio de 2020, até 15 de junho, e sucessivamente prorrogada, como medida de contenção das possíveis linhas de contágio, de modo a controlar a disseminação do vírus SARS-CoV-2 e da doença covid-19, “sendo que a situação epidemiológica, quer em Portugal quer noutros países, permanece por controlar”, lembra o executivo no diploma publicado no Diário da república, para vigorar a partir das 00:00 horas de terça-feira, quando terminava a última prorrogação do início de fevereiro.

“A experiência internacional demonstra o elevado risco decorrente do desembarque de passageiros e tripulações dos navios de cruzeiro”, reafirma o executivo, repetidamente nos diplomas.

O despacho mantém a autorização de atracação de navios de cruzeiro nos portos nacionais para espera (‘em lay-up’) não apenas para reparação naval, ainda que sob determinados condicionalismos, “importando, face ao que antecede, monitorizar permanentemente a implementação desta medida, de forma a permitir a sua eventual reversão, caso tal se venha a justificar”, explica no despacho.

O Governo de Portugal também prolonga até dia 16 de março as medidas restritivas do tráfego aéreo, mantendo-se suspensos todos os voos comerciais e privados com origem ou destino no Brasil e Reino Unido.

Queda no turismo

O setor do alojamento turístico registrou 308.400 hóspedes e 709.900 dormidas em janeiro, o que corresponde a quedas homólogas de 78,3% e 78,2%, respectivamente, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE).

De acordo com as estatísticas rápidas da atividade turística em janeiro deste ano, o decréscimo de hóspedes e de dormidas acentuou-se em janeiro, com “variações de -78,3% e -78,2%, respectivamente”, face ao mesmo mês do ano passado e depois de, em dezembro, as quebras terem sido de 71,2% e 72,6%.

As dormidas na hotelaria, que representam 71,1% do total, diminuíram 81,4%, enquanto as dormidas nos estabelecimentos de alojamento local (peso de 25,1% do total) decresceram 63,4% e as de turismo no espaço rural e de habitação (quota de 3,8%) recuaram 54,2%.

Em janeiro, 54% dos estabelecimentos de alojamento turístico estiveram encerrados ou não registraram movimento de hóspedes (52,3% em dezembro).

O mercado interno, que tem um peso de 60,1% na atividade, contribuiu com 427.000 dormidas, representando um decréscimo de 60,3% (-54,2% em dezembro).

Já as dormidas dos mercados externos diminuíram 87,0% (-83,2% no mês anterior) e atingiram 282.900.

Segundo os dados do INE, todos os 17 principais mercados emissores mantiveram “decréscimos expressivos” em janeiro, tendo representado 84,1% das dormidas de não residentes nos estabelecimentos de alojamento turístico no mês em análise.

As maiores reduções registraram-se nos mercados chinês (-98,1%), dinamarquês (-95,2%), russo (-94,8%), canadiano (-94,3%) e dos Estados Unidos da América (-94,2%).

No primeiro mês do ano, todas as regiões do país registraram decréscimos superiores a 50%, com as menores diminuições a registrarem-se no Alentejo (-59,3%) e no Centro (-69,3%), ao passo que as maiores reduções foram observadas na Área Metropolitana de Lisboa (-81,9%), na Região Autónoma da Madeira (-81,2%) e no Algarve (-80,6%).

A Área Metropolitana de Lisboa concentrou 27,5% das dormidas, seguindo-se o Norte (19,4%) e o Algarve (15,3%).

Também todas as regiões apresentaram um decréscimo no número de dormidas de residentes, tendo as menores reduções sido registadas no Alentejo (-54,9%) e na Madeira (-56,1%).

Em janeiro, em termos de dormidas de não residentes, o Alentejo apresentou um decréscimo de 68,9%, enquanto as restantes regiões apresentaram quedas superiores a 80%.

Pelo contrário, a estada média nos estabelecimentos de alojamento turístico aumentou 0,4%, para 2,30 noites, depois de, em dezembro, ter caído 4,9%.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.526.075 mortos no mundo, resultantes de mais de 113,7 milhões de casos de infecção confirmados, segundo um balanço da agência de notícias francesa AFP.

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