Europa prepara lista de países que não terão restrições de viagens até 9 Junho

Brasil continua com “restrições extremamente firmes” devido à circulação das várias variantes do vírus.

Mundo Lusíada com Lusa

A União Europeia deve estabelecer até 09 de junho a lista dos países terceiros de onde são permitidas viagens sem restrições devido à covid-19 para o bloco europeu, segundo o ministro francês das Relações Exteriores.

“O objetivo é ter essa lista até 09 de junho, o que será muito rápido”, disse Jean-Yves Le Drian no programa “Le Grand Jury”, que passa na RTL, Le Figaro e LCI.

Esta categoria “verde” permitirá a chegada à UE de cidadãos de países terceiros “sem qualquer dificuldade, exceto verificações mínimas de controle sanitário”, disse, sem avançar com mais detalhes.

O ministro explicou, que, além da categoria “verde”, existe também uma “lista laranja” que identifica os países cujos cidadãos já estão vacinados contra a covid-19, mas com uma “vacina reconhecida” pela UE, e uma “lista vermelha” com “restrições extremamente firmes” devido à circulação das várias variantes do vírus SARS-CoV-2, onde se inclui o Brasil, Argentina e Índia.

Com o aproximar do verão e da época turística, os 27 concordaram na quarta-feira em permitir a entrada na UE de pessoas já vacinadas contra a covid-19 vindas de países terceiros.

A UE encerrou as suas fronteiras externas em março de 2020 para viagens “não essenciais” devido à pandemia e vai estabelecer, a partir de junho, uma lista resumida, que é revista regularmente, dos países terceiros cujos residentes vacinados ou não podem entrar na União Europeia.

O ministro francês das Relações Exteriores avançou que a França está a estudar medidas mais restritivas para viajantes do Reino Unido devido à circulação da variante indiana da covid-19 neste país.

“A variante indiana no Reino Unido está a causar problemas e dúvidas. Estamos muito vigilantes”, observou.

Jean-Yves Le Drian afirmou que “não será um tratamento vermelho”, mas poderá ser intermediário (laranja), e admitiu que podem ser tomadas “medidas sanitárias um pouco mais fortes” para os viajantes do Reino Unido.

Devido à disseminação do vírus indiano, a Alemanha impôs hoje quarentena obrigatória para os viajantes que chegam do Reino Unido, mesmo que apresentem um teste de diagnóstico à covid-19 negativo.

Testes

A Comissão Europeia está disponível para mobilizar 100 milhões de euros para aquisição de testes PCR à covid-19 para facilitar a livre circulação na UE, após aprovação do certificado digital.

“Disse ao Parlamento e ao Conselho [da UE, presidido agora por Portugal] que a Comissão está disponível para mobilizar 100 milhões de euros para a compra de testes PCR [detecção molecular], dando prioridade às pessoas que cruzam frequentemente a fronteira”, afirmou o comissário europeu da Justiça, Didier Reynders.

Após acordo alcançado entre a presidência portuguesa do Conselho e o Parlamento sobre o certificado sanitário covid-19, Didier Reynders assinalou ser “importante assegurar acessibilidade” aos testes de despiste.

“E, por isso, tentaremos garantir testes acessíveis para todos [os que viajam], mas dando prioridade às pessoas que passam frequentemente as fronteiras para trabalhar ou por questões de ensino ou de saúde”, reforçou o comissário europeu da tutela.

O objetivo é que o certificado sanitário agora acordado possa “ser usado a partir do início de julho, de 01 de julho, sem qualquer discriminação”, assinalou.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.456.282 mortos no mundo, resultantes de mais de 166,2 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Os dados mais recentes da Direção-Geral da Saúde indicam que desde o início da pandemia Portugal já contabilizou 844.224 casos confirmados de infecção pelo novo coronavírus e 17.017 mortes.

A partir do dia 17 de maio, os passageiros de voos originários dos países que integram a União Europeia, países associados ao Espaço Schengen (Liechtenstein, Noruega, Islândia e Suíça) e Reino Unido, que apresentem uma taxa de incidência de infecção por SARS-CoV-2 inferior a 500 casos por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias, podem realizar todo o tipo de viagens para Portugal, incluindo viagens não essenciais.

Os passageiros dos voos originários dos países com uma taxa de incidência igual ou superior a 500 casos por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias só podem realizar viagens essenciais e têm de cumprir, após a entrada em Portugal continental, um período de isolamento profilático de 14 dias, no domicílio ou em local indicado pelas autoridades de saúde.

Desta lista constam África do Sul, Brasil, Índia, Chipre, Croácia, Lituânia, Países Baixos e Suécia. Esta medida não se aplica a passageiros que apenas tenham feito escala aeroportuária num destes países. O governo prorrogou restrições a brasileiros até final de maio, permitindo somente viagens essenciais.

As viagens essenciais são as destinadas a permitir o trânsito ou a entrada em Portugal de cidadãos em viagens por motivos profissionais, de estudo, de reunião familiar, por razões de saúde ou por razões humanitárias.​​

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