Somente unida e com resposta comum, a “Europa poderá se reconstruir”

Da Redação
Com Lusa

O primeiro-ministro de Portugal defendeu neste sábado que, tal como em 1950, quando foram lançadas as bases para o projeto europeu, “só unida e com uma resposta comum a Europa poderá se reconstruir”.

Por rede social, António Costa desejou um feliz Dia da Europa, que assinala os 70 anos da histórica ‘Declaração Schuman’.

“Hoje, como em 1950, só unida e com uma resposta comum a Europa se poderá reconstruir, reforçando-se enquanto Comunidade de valores, espaço de prosperidade partilhada e líder na resposta aos grandes desafios globais”, defendeu o primeiro-ministro.

O primeiro-ministro publicou ainda o excerto da sua declaração sobre este dia, que integra uma publicação do presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, no qual os 27 líderes da União Europeia dizem o que significa este projeto.

“A União Europeia é uma comunidade de valores. É o maior espaço econômico de prosperidade partilhada e é a nossa força para enfrentar os desafios globais”, enaltece António Costa no vídeo.

O primeiro-ministro refere que um “reencontro com a História 70 anos depois da Declaração Schuman”, considerando que desde a Segunda Guerra Mundial que não se sofria “na sociedade e na economia uma crise desta magnitude”.

O Dia da Europa, que assinala os 70 anos da ‘Declaração Schuman’, é celebrado neste dia 09 maioritariamente ‘online’, face à pandemia do novo coronavírus, em cerimônias e conferências quer ao mais alto nível quer em iniciativas nacionais e regionais.

Solidariedade

Também a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse que a pandemia de covid-19 revelou que “não é solução” os países da União Europeia (UE) “virarem-se para dentro”, frisando a necessidade de solidariedade no espaço comunitário.

“Se já alcançamos tantos progressos, o objetivo da solidariedade ainda é válido e vou até mais longe: é mais válido do que nunca. Esta solidariedade foi posta à prova no início da atual pandemia, mas a crise [também] nos mostrou que virarmo-nos para dentro não é a solução”, declara a líder do executivo comunitário, a propósito do Dia da Europa.

Admitindo falhas iniciais na solidariedade europeia, nomeadamente quando a pandemia se intensificou em Itália, Ursula von der Leyen salienta que, “a seguir”, os países europeus começaram a “ajudar-se mutuamente”.

“Vimos paramédicos da Polônia e médicos da Romênia a salvar vidas em Itália., vimos hospitais da Chéquia a tratar os doentes da França e vimos doentes de Itália a ser levados de avião para clínicas na Alemanha. Ou o Luxemburgo a entregar equipamento médico a Espanha. E esta solidariedade tem de continuar”, apela a responsável.

Vincando que esta solidariedade “não é um dado adquirido exige esforço e compromisso de todos”, Ursula von der Leyen adiantou que “só é possível derrotar este vírus se os países assumirem a responsabilidade uns pelos outros e se trabalharem em conjunto para encontrar uma vacina”.

O Dia da Europa assinala o aniversário da histórica ‘Declaração Schuman’, um discurso proferido em Paris, em 09 de maio de 1950, por Robert Schuman, o então ministro dos Negócios Estrangeiros francês, que expôs a sua visão de uma nova forma de cooperação política na Europa.

A sua visão passava pela criação de uma instituição europeia encarregada de gerir em comum a produção do carvão e do aço. Considera-se que a UE atual teve início com a proposta de Schuman.

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