"Mensalão" agita grupos portugueses

Da redação

 

O Grupo Espírito Santo (GES) diz que vai cortar relações comerciais com a Impresa, grupo português de mídia controlado pelo empresário Pinto Balsemão e proprietário do jornal "Expresso". Na origem desta cisão está a publicação de uma notícia, pelo semanário, que afirmava que o Banco Espírito Santo estaria envolvido no "mensalão".

O GES diz, em comunicado, citado pelo "Jornal de Negócios", que as informações são "absolutamente fantasiosas e falsas", acusando o grupo Impresa de estar a organizar uma campanha contra a instituição bancária.

A verdade é que, em seu depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Correios, em 30 de junho, o deputado Roberto Jefferson mencionou deslocações de deputados brasileiros a Lisboa para se encontrarem com elementos ligados ao Banco Espírito Santo, denúncia que acabou por passar despercebida.

No comunicado em reação a essa notícia, o GES argumenta que "a campanha que, de forma sistemática o Expresso e outros órgãos de comunicação social do Grupo Impresa, têm vindo a desenvolver contra o GES e os seus dirigentes, segue-se ao insucesso das repetidas investidas da Impresa, primeiro através de mensageiros, depois através dos seus mais altos dirigentes, de forçar o GES a aumentar os investimentos publicitários nos seus órgãos de comunicação". O GES diz que vai processar por calúnia os responsáveis editoriais pela notícia em causa, com o título "BES envolvido no mensalão". O grupo está presente no capital da Impresa através de pequenas participações detidas pelos seus fundos de investimento.

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