PS considera que alterações do Orçamento do Governo mantiveram coerência política

Da Redação
Com Lusa

O líder parlamentar do PS considerou que a proposta de Orçamento do Governo manteve a sua coerência política após as alterações introduzidas na especialidade e elogiou a atual maioria política com o Bloco, PCP e PEV.

Carlos César falava na sessão de encerramento do debate do Orçamento do Estado para 2019, num discurso em que, em contraponto, acusou o PSD e o CDS-PP de “insanidade para a sua absolvição” pelo que fizeram no anterior executivo e de “despudor” por terem assumido “um furor proponente sem limites” ao longo do processo orçamental na especialidade.

Perante os deputados, o presidente do Grupo Parlamentar do PS optou por fazer um conjunto de comparações entre o anterior executivo PSD/CDS-PP, liderado por Pedro Passos Coelho, e o atual, de António Costa: “Os que outrora, no Governo, quebraram esperanças, deram lugar aos que as podiam reaver; os que pressagiaram reveses e desavenças, confrontam-se, agora, com os benefícios dos progressos alcançados e com a estabilidade governativa prometida”, disse.

Neste contexto, o presidente do Grupo Parlamentar do PS elogiou em seguida a atual solução de Governo com o Bloco de Esquerda, PCP e PEV, considerando que são “partidos conhecedores das suas diferenças”.

“Digo mais, orgulhosos das suas diferenças, conjugaram-se no reconhecimento da necessidade de mudanças para contrariar o declínio dos rendimentos e da dignidade das pessoas e das famílias, para ativar uma economia geradora de emprego e para afirmar a credibilidade das instituições no plano interno como no plano externo. Uma mudança que coube ao PS caucionar de boa gestão das finanças públicas e de garantia da sustentabilidade do nosso futuro”, sustentou.

Já sobre o processo de votações do Orçamento na especialidade, Carlos César voltou a fazer duras críticas ao comportamento político do PSD e CDS-PP, desdramatizando, em contrapartida, as mudanças que acabaram por ser introduzidas por via do Bloco de Esquerda, PCP ou PEV.

“Da parte do CDS e do PSD, o despudor do seu furor proponente quase não encontrou limites: Propuseram tudo quanto antes no Governo tinham desfeito, negado, subtraído, destruído e impossibilitado. Escolheram a insanidade como método para a sua absolvição”, apontou.

No entanto, de acordo com Carlos César, “com poucas exceções, mesmo assim pouco relevantes, a proposta inicial do Governo, manteve a sua coerência política e o seu equilíbrio financeiro”.

“É que os partidos, pródigos nas promessas, tornaram-se, afinal, mais acanhados, quando se tratou de as fazer valer. Não faltando as propostas, faltaram, evidentemente, tal como o PS tinha avisado, os mínimos de certeza sobre a sua racionalidade e a comportabilidade da sua aprovação. No trocadilho premeditado das votações, com a consciência ou a subconsciência disso, os partidos acabaram por sufragar o que, de modo responsável, eram, no essencial, as propostas do Governo”, afirmou, aqui, num recado também dirigido aos parceiros à esquerda dos socialistas.

Na sua intervenção, o líder parlamentar do PS procurou igualmente evidenciar o caminho percorrido nestes últimos três anos.

“Em 2015, o país estava em incumprimento das regras orçamentais, sujeito a sanções e em risco de suspensão dos fundos estruturais europeus e com milhares de milhões de euros de buracos nos bancos portugueses escondidos debaixo do tapete. Ultrapassamos isso, invertendo desequilíbrios excessivos e relançando a confiança e a credibilidade do país”, defendeu Carlos César.

Ainda segundo Carlos César, em 2015 a economia portuguesa “divergia da Europa, estando, agora, em processo de convergência”.

“Em 2015, as exportações e o investimento cresciam abaixo da média europeia. Hoje, o investimento cresce acima da média europeia. Há oito trimestres consecutivos que as nossas exportações crescem acima da Europa. E isso deve-se à confiança gerada pela governação com o PS”, acrescentou.

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