Presidente do PSD rejeita mistura de política com futebol profissional

Da Redação
Com Lusa

Neste sábado, o líder do PSD, Rui Rio, demarcou-se do primeiro-ministro e do presidente da Câmara de Lisboa, António Costa e Fernando Medina, por integrarem a comissão de honra da recandidatura de Luís Filipe Vieira à presidência do Benfica.

“O futebol é acima de tudo emoção e a política acima de tudo tem de ser racionalidade”, defendeu Rui Rio, questionado sobre o assunto pelos jornalistas, em Coimbra.

Para Rio, a ação política “não deve ser ditada por imperativos de ordem emocional ou de simpatia clubística”.

“Eu sempre achei mal a mistura entre a política e o futebol profissional” respondeu, remetendo para o tempo em que liderou a Câmara Municipal do Porto, quando, devido à sua posição, várias vezes esteve envolvido em polêmica com o presidente do Futebol Clube do Porto, Pinto da Costa.

Salientando que “hoje até há problemas quase de ordem judicial metidos nisto”, o presidente do PSD recordou que tem essa posição “há muito anos”.

“Quando nós estamos em cargos políticos de algum relevo, de um modo geral, devemo-nos abster de misturar estas coisas”, acentuou.

Criticando António Costa e Fernando Medina, sem mencionar os seus nomes, Rui Rio afirmou: “Digo que sou adepto de um clube com muitos adeptos e, portanto, fico um bocadinho em posição de vantagem” relativamente a um clube com menos apoiantes.

Resposta política

Segundo Rio, o partido vai defender a “igualdade de oportunidades” e privilegiar a área social na resposta à crise originada pela pandemia de covid-19.

Esta proposta política “é um objetivo da social-democracia desde sempre”, afirmou Rui Rio em Coimbra, em no final de uma reunião do Conselho Consultivo do Conselho Estratégico Nacional (CEN).

O líder do PSD informou que o encontro, que durou algumas horas e terminou cerca das 14h00, num hotel da cidade do Mondego, permitiu debater “ideias muito positivas e boas”, para que o PSD possa apresentar “excelentes contributos” face aos problemas sociais e econômicos criados pela pandemia.

Na reunião, foram discutidas aquelas que, para o principal partido da oposição, deverão “ser as prioridades do país no curto, no médio e no longo prazo”.

Rui Rio explicou que os membros do Conselho Consultivo do CEC preconizaram propostas políticas para “responder ao presente”, mas com “um horizonte de futuro”, a fim de encontrar soluções para a crise que este ano se instalou, em Portugal e no mundo, devido à covid-19.

O líder social-democrata realçou a necessidade de as medidas do Estado não se cingirem “aos indicares econômicos” e darem mais atenção “à questão social nos próximos tempos”, para serem minimizadas as situações de vulnerabilidade na sociedade portuguesa.

“A igualdade de oportunidades é absolutamente fundamental” para que o país consiga ultrapassar as consequências da pandemia, cabendo ao Governo “ter em atenção o problema social”, para melhor responder a uma crise “que se vai intensificar”, preconizou o presidente do PSD.

Na sua opinião, “era ideal que, naquilo que é estruturante”, o PSD e o Governo “pudessem ter alguma convergência para bem do país”.

Em Portugal, morreram 1.855 pessoas dos 62.813 casos de infecção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

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