Portugal recebe fase final da ‘Champions’ pela transparência no combate à covid-19, diz presidente

O vice-presidente do Comité Executivo da UEFA (presidente da Federação Portuguesa de Futebol), Fernando Gomes (D), ladeado pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa (E) e pelo primeiro-ministro, António Costa (C), intervém durante uma conferência de imprensa no âmbito da UEFA ter anunciado esta tarde que a cidade de Lisboa acolherá a fase final da Liga dos Campeões, no Palácio de Belém, em Lisboa, 17 de junho de 2020.

Da Redação
Com Lusa

O Presidente da República defendeu que Portugal foi escolhido para receber a fase final da Liga dos Campeões pelos seus méritos e pela transparência no combate à pandemia de covid-19, sem forjar números.

Marcelo Rebelo de Sousa falava numa cerimônia nos jardins do Palácio de Belém, em Lisboa, em que discursaram também o primeiro-ministro, António Costa, o presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), Fernando Gomes, e o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina.

O chefe de Estado justificou a realização desta cerimônia, no dia em que a UEFA, união das federações europeias de futebol, anunciou que a fase final da Liga dos Campeões 2019/2020 se irá realizar em Lisboa, entre 12 e 23 de agosto, considerando que “este é um caso único e irrepetível” e que “não tem preço”, numa altura em que “todos os países disputam o regresso ao turismo internacional”.

“E aqui, já disse o senhor primeiro-ministro, António Costa, mas eu queria reforçar, Portugal tem autoridade moral, pela forma como conduzimos o combate à pandemia, mas agora pela forma transparente como continuamos a combater a pandemia. E digo transparente porque não escondemos a nossa vontade de testar e testar mais, porque não escondemos que esse testar mais significa determinados valores”, afirmou.

Segundo o Presidente da República, Portugal é recompensado pela “situação notável que se verifica no Serviço Nacional de Saúde (SNS) em termos de internamentos, e de internamentos em cuidados intensivos” e pela forma como prossegue o combate à covid-19 “sem forjar números, mantendo a transparência”.

“Nós mostramos tudo isto ao mundo. Não paramos o vírus de um dia para o outro como se ele não existisse. Não paramos a epidemia de um dia para o outro, como se ela estancasse – isso não existe, mas não existe em nenhum país do mundo”, acrescentou, concluindo: “Portanto, Portugal vence pelos seus méritos passados e pela sua transparência presente, ou seja, pelo mérito do SNS, dos profissionais de saúde e dos portugueses”.

Marcelo Rebelo de Sousa elogiou em particular o presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), Fernando Gomes, dizendo-lhe que esta “é uma vitória pessoal” sua, e salientou também “o entusiasmo com que o senhor primeiro-ministro e a sua estrutura governamental acompanharam esta campanha”.

“Os portugueses merecem o que vão ter em agosto e é um orgulho para o Presidente da República Portuguesa ser testemunha de mais este triunfo de Portugal, em tempo devido, isto é, antes do termo do mandato”, declarou.

Destino seguro

O primeiro-ministro, António Costa, considerou que “a grande mensagem da UEFA” ao escolher Lisboa para a fase final da Liga dos Campeões, em agosto, é que “Portugal é um destino seguro”.

“Queria aqui agradecer aos profissionais de saúde e a todos os portugueses que tornaram possível que Portugal se afirmasse como um destino seguro. E esta é a grande mensagem que a escolha da UEFA para realizar esta prova em Portugal dá a todo o mundo: é que Portugal é um destino seguro”, declarou.

O primeiro-ministro descreveu Portugal como um lugar seguro para se viver, fazer turismo, trabalhar ou investir e realçou que “ainda na semana passada viu renovado o seu reconhecimento como o terceiro país mais pacífico do mundo, o mais pacífico de toda a União Europeia” e que “durante três anos consecutivos foi escolhido como o melhor destino turístico mundial”.

“Este reconhecimento pela UEFA de como somos um destino seguro é algo muito importante no esforço enorme que todo o país está agora a fazer para, ao mesmo tempo que combatemos a pandemia, conseguirmos trabalhar para a recuperação da nossa economia”, acrescentou, enviando um abraço “de profunda gratidão e de amizade pelo notável trabalho que fez” ao presidente da FPF e à sua equipe.

Segundo António Costa, “o mérito, a competência, o prestigio, o empenho, a enorme capacidade diplomática” da FPF e, em particular, do seu presidente, foram decisivos para a escolha anunciada pela união de federações europeias de futebol.

A edição de 2019/20 da ‘Champions’, que foi suspensa em março devido à pandemia de covid-19, vai ser reatada com os restantes quatro jogos dos oitavos de final, seguindo-se o desfecho inédito em campos neutros, nos Estádios da Luz e José Alvalade, em Lisboa, confirmou hoje a Federação Portuguesa de Futebol (FPF).

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