Portugal quer uma década de convergência continuada com a União Europeia

Da Redação
Com Lusa

O primeiro-ministro considerou, na última semana, que Portugal já está a fazer o caminho finlandês de aposta na educação para uma economia mais competitiva e que tem como objetivo uma década de convergência continuada com a União Europeia.

António Costa falava no encerramento do seminário empresarial Portugal/Finlândia, em Lisboa, antes do discurso do seu homólogo finlandês, Juha Sipilä.

Perante uma plateia de empresários dos dois países, o líder do executivo português referiu que um dos objetivos cimeiros nacionais “é ter uma década de convergência continuada e sustentada com a União Europeia”.

“Desde a adesão ao euro, experimentamos a facilidade do juro baixo e provamos também o custo do endividamento. Sabemos hoje bem, para podermos ter sucesso no quadro da zona euro, o que temos de fazer”, frisou o primeiro-ministro.

Numa mensagem dirigida aos investidores finlandeses, António Costa advogou que os portugueses sabem que se têm de se “concentrar em produzir melhor, com maior valor, prestar serviços e com maior valor acrescentado”.

“Queremos fazê-lo não fechando fronteiras, não barrando investimento, mas, pelo contrário, abrindo o nosso mercado ao investimento do capital estrangeiro, assim como queremos ter as fronteiras abertas para as nossas próprias exportações”, afirmou.

Na sua intervenção, o primeiro-ministro português referiu-se também à admiração que causou e causa em todo o mundo o sistema de educação finlandês e a aposta que este país fez desde o pós-II Grande Guerra Mundial no conhecimento e nas qualificações dos seus cidadãos.

Um caminho que António Costa disse que Portugal já está a fazer, acentuando então o ritmo acelerado de decréscimo do abandono escolar desde 1992 até hoje, assim como o aumento do número de estudantes que frequentam o Ensino Superior.

“Este investimento na educação e nas qualificações é essencial e é a chave para o nosso futuro”, disse, já depois de ter mencionado a quota de mercado ganha por empresas nacionais em mercados exigentes como o da Finlândia.

“Entre 2015 e 2017, Portugal teve o segundo maior aumento de investimento direto estrangeiro e o terceiro melhor desempenho das exportações em toda a zona euro. São essas qualificações que nos permitem hoje sentarmo-nos com a Finlândia e juntar empresas dos dois países, portugueses e finlandesas para procurar parcerias para o nosso futuro coletivo como a transição energética, a bioeconomia, a sociedade digital e a sociedade florestal”, acrescentou o primeiro-ministro.

Floresta

Na altura, Costa ainda convidou, diretamente, os empresários finlandeses a investirem em Portugal na área da gestão dos recursos florestais e na sua valorização energética, defendendo que o país tem este “enorme desafio” pela frente.

O primeiro-ministro começou por defender que Portugal tem “um enorme desafio estratégico” relacionado com a gestão da sua floresta, “mas também uma enorme oportunidade de negócio”.

De acordo com António Costa, as empresas finlandesas, muitas delas consideradas um exemplo mundial neste setor de atividade, têm assim em Portugal “boas oportunidades de negócio, seja na gestão dos recursos florestais, seja na valorização energética desses mesmos recursos florestais” existentes no país.

“Creio que temos aqui uma base sólida onde podemos enraizar uma cooperação frutífera, duradoura, entre Portugal e a Finlândia e entre as empresas portuguesas e finlandesas”, acrescentou.

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