Portugal elogia Comissão Europeia pela compra de mais 300 milhões de vacinas adicionais

Da Redação
Com Lusa

O primeiro-ministro português elogiou o acordo entre a Comissão Europeia e a Pfizer e BioNTech para a aquisição de 300 milhões de doses adicionais de vacina, considerando tratar-se de mais um sinal de “confiança e esperança”.

“Apoiamos a proposta da Comissão Europeia para a aquisição conjunta de até mais 300 milhões de doses de vacina”, escreveu António Costa na sua conta pessoal na rede social Twitter.

Na mesma mensagem, o primeiro-ministro frisou que se está perante “mais um sinal de confiança e de esperança” de que os estados-membros, juntos, ultrapassarão esta crise provocada pela pandemia de covid-19.

É “a União Europeia a responder às expectativas dos seus cidadãos”, acrescentou o líder do executivo de Portugal, país que até junho preside ao Conselho da União Europeia.

Numa conferência de imprensa em Bruxelas, Von der Leyen afirmou que a Comissão negociou a extensão do contrato com a Pfizer e BioNTech, à qual já adquirira 300 milhões de doses da vacina, permitindo assim duplicar esse número, e salientou que 75 milhões destas doses adicionais estarão disponíveis “já a partir do segundo trimestre”, sendo as restantes entregues no terceiro e no quarto trimestres.

Com as vacinas da Pfizer e BioNTech já garantidas, associadas às 150 milhões de doses da vacina desenvolvida pela farmacêutica Moderna – a segunda a ser aprovada pela Agência Europeia do Medicamento (EMA) e pela Comissão para utilização na UE -, Bruxelas já garantiu assim “um número de doses que permite vacinar 380 milhões de europeus, mas de 80% da população europeia”, sublinhou Von der Leyen.

“Temos muitos projetos para o ano de 2021, e isso é particularmente verdadeiro para a reconstrução económica. Mas tudo isso pressupõe que vamos conseguir vencer a pandemia. Para tal, devemos vacinar o maior número de europeus e europeias o mais rapidamente possível. E por isso é que estou feliz com este desenvolvimento muito positivo hoje”, afirmou.

Von der Leyen reiterou que “outras vacinas se seguirão nas próximas semanas e meses”.

Na terça-feira, o executivo comunitário autorizou a comercialização da vacina da Moderna para a covid-19 na UE, após o aval do regulador europeu àquele que é o segundo fármaco contra o novo coronavírus permitido no espaço comunitário.

A vacina da Moderna, com uma eficácia comprovada superior a 90%, foi a segunda a ter aval da EMA, após a aprovação, a 21 de dezembro de 2020, do fármaco desenvolvido pelas farmacêuticas Pfizer e BioNTech, que está a ser utilizado no espaço europeu desde 27 de dezembro.

Tal como a vacina da Pfizer e BioNTech, a da Moderna é administrada por duas injeções no braço separadas no tempo, tendo neste caso 28 dias de intervalo.

Segundo o executivo comunitário, a Moderna vai disponibilizar à UE o montante total de 160 milhões de doses da vacina entre o primeiro e o terceiro trimestres de 2021, como anteriormente acordado entre Bruxelas e a farmacêutica.

A Comissão Europeia já tem uma carteira com seis outras potenciais vacinas, que além destas duas incluem as desenvolvidas pela AstraZeneca, Sanofi-GSK, Johnson & Johnson e CureVac.

Até ao momento, apenas a Moderna e a Pfizer e BioNTech pediram autorização à EMA.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.884.187 mortos resultantes de mais de 87,1 milhões de casos de infecção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Neste dia 08, Portugal registrou o maior número de doentes internados devido à covid-19, 3.451, no dia em que também foram atingidos novos máximos de mortes e infecções pelo novo coronavírus.

Segundo o boletim epidemiológico diário da Direção-Geral da Saúde (DGS), a centena de óbitos foi hoje ultrapassada, com 118 mortos relacionados com a covid-19, doença que levou ao internamento de 3.451 pessoas, tendo sido também registados mais 10.176 novos casos de infeção, os valores diários mais elevados desde o início da pandemia, em março de 2020.

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