Com 200 desaparecidos, feridos em acidente de barragem em Minas resgatados de helicóptero

Mundo Lusíada
Com agencias

O Corpo de Bombeiros informou nesta sexta-feira que aproximadamente 200 pessoas estão desaparecidas após o rompimento da Barragem da Mina Feijão, em Brumadinho (MG). A estrutura, que pertence à Vale, liberou no meio ambiente um volume ainda desconhecido de rejeitos de mineração.

O Hospital João XXIII, instituição pública vinculada ao estado de Minas Gerais e sediada em Belo Horizonte, acionou um plano de atendimento para múltiplas vítimas de catástrofes. Até o momento, a instituição confirmou a chegada de duas pacientes, de helicóptero.

Em nota, o Corpo de Bombeiros informou que o Sistema de Comando de Operações (SCO) está estruturado no Centro Social do Córrego do Feijão, em Brumadinho. “Vários órgãos, principalmente de segurança pública, estão no local e em reunião neste momento definindo as estratégias de atendimento”, diz a nota.

Ao lado do Centro Social do Córrego do Feijão, há um campo de futebol que está sendo usado como área de avaliação e triagem das vítimas para atendimento médico, além de estacionamento de viaturas. Também foi estruturado um posto para arrecadação de alimento na Faculdade Asa de Brumadinho.

O Corpo de Bombeiros informou que está atuando com 51 militares, e que contam ainda com seis aeronaves.

O Corpo de Bombeiro alerta os órgãos de imprensa, que estão utilizando drones, pois estariam atrapalhando o sobrevoo das aeronaves da corporação. “As aeronaves estão resgatando inúmeras pessoas ilhadas em diversos pontos a todo momento”.

Seis municípios emitiram já um alerta para que população se mantenha longe do leito do Paraopeba, rio que atravessa parte do Estado de Minas Gerais, receando a subida do nível das águas.

O parque de Inhotim, que conta com 14 hectares e é um dos mais importantes acervos de arte contemporânea do país, teve de ser evacuado, levando à retirada de cerca de mil pessoas, segundo Agencia Lusa.

Bolsonaro deve ir

O presidente Jair Bolsonaro tem intenção de ir a Minas Gerais amanhã, dia 26 às 8h, para acompanhar de perto a situação na cidade de Brumadinho, divulgou Agencia Brasil. Além disso, o governo montou um Gabinete de Crise para tratar do assunto. O porta-voz da Presidência da República, Otávio do Rêgo Barros, leu uma nota oficial do governo federal a respeito da tragédia.

“O presidente da República lamenta as eventuais perdas de vidas ocasionadas pelo rompimento da barragem na cidade de Brumadinho em Minas Gerais. [Ele] determinou o imediato estabelecimento de gabinetes para acompanhar evolução da situação, tanto no Palácio do Planalto, quanto no Ministério do Meio Ambiente. […] O Presidente da República tem a intenção de se deslocar para a região no sábado (26), às 8h”, disse o porta-voz. Se a viagem de Bolsonaro se confirmar, ocorrerá um dia antes da ida do presidente para São Paulo, onde se submeterá a uma cirurgia para retirada da bolsa de colostomia.

Pelo Twitter, Bolsonaro já havia lamentado o ocorrido. “Lamento o ocorrido em Brumadinho-MG. Determinei o deslocamento dos ministros do Desenvolvimento Regional [Gustavo Canuto] e Minas e Energia [Bento Costa Lima], bem como nosso secretário Nacional de Defesa Civil [Alexandre Lucas] para a região”, afirmou o presidente na rede social.

A Vale do Rio Doce, empresa responsável pela barragem, divulgou nota sobre o acidente. “As primeiras informações indicam que os rejeitos atingiram a área administrativa da companhia e parte da comunidade da Vila Ferteco. Ainda não há confirmação se há feridos no local. A Vale acionou o Corpo de Bombeiros e ativou o seu Plano de Atendimento a Emergências para Barragens”, informou a empresa.

Há quase três anos, uma das barragens da empresa Samarco, controlada pelos acionistas Vale e BHP, rebentou na cidade de Mariana, no estado de Minas Gerais, originando uma torrente de lama que destruiu fauna, flora e construções ao longo de 650 quilômetros.

Aquele que é considerado o maior desastre ambiental do Brasil fez 19 mortos, além de ter deixado desalojadas milhares de famílias. Além de ter mudado cenário ecológico na região até os dias atuais.

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