Sporting campeão, uma “conquista histórica” de todos

Mundo Lusíada
Com Lusa

O presidente do Sporting, Frederico Varandas, agradeceu a todos os colaboradores pelo seu trabalho no clube, referindo que o título dos ‘leões’ na I Liga portuguesa de futebol é uma “conquista histórica” de todos.

Numa mensagem enviada aos colaboradores do Sporting, Frederico Varandas lembrou um ano de “constantes desafios”, salientando que todos lutaram jogo a jogo para alcançar uma “conquista histórica e que representa muito mais que um troféu”.

“Este título é teu. Um enorme obrigado por teres escrito parte deste capítulo inesquecível da nossa história e pela tua dedicação e compromisso para torná-lo possível”, afirmou o presidente dos ‘leões’, considerando que conseguiram algo que todos os sportinguistas ambicionavam há 19 anos.

Varandas referiu que os colaboradores do Sporting fazem parte da “equipe de arquitetos” deste título e de todos os títulos que “tornam o Sporting Clube de Portugal a maior potência desportiva nacional e uma das maiores a nível europeu”.

“Agradeço-vos com a plena consciência de que à precisa hora em que os atores entram em jogo, o palco tem que estar montado, o cenário preparado, as luzes acesas, o público acomodado. Tudo ao detalhe e com a excelência Sporting CP. E por isso tenho um imenso orgulho em vocês”, referiu.

O presidente do Sporting deixou ainda a promessa de que, assim que as condições sanitárias o permitirem, o título será celebrado em conjunto.

O Sporting sagrou-se nesta terça-feira campeão português de futebol pela 19.ª vez, 19 anos após a última conquista, ao vencer na recepção ao Boavista, por 1-0, com um gol de Paulinho, aos 36 minutos, em jogo da 32.ª jornada da I Liga.

Quando faltam duas jornadas para o fim do campeonato, os ‘leões’ somam 82 pontos, mais oito do que o FC Porto, segundo classificado, que detinha o título.

Euforia

A praça do Marquês de Pombal, em Lisboa, recebeu em euforia total o carro do Sporting, após conquistarem a I Liga portuguesa de futebol, mas a festa ficou marcada por vários confrontos com a polícia.

O relógio apontava já para as 04:00 quando o ônibus panorâmico que trazia os jogadores, equipe técnica e ‘staff’ do Sporting desde o Estádio José Alvalade chegou à emblemática praça da cidade, habituada a ser palco de festejos desportivos, num ambiente de enorme festa e de muito descontrolo dos milhares de adeptos presentes no local.

Foi debaixo de chuva e ao som de cânticos do Sporting, bem como do clássico ‘We Are The Champions’, da banda britânica Queen, que o autocarro deu a volta à rotunda e assistiu a todo o espetáculo pirotécnico envolvente, que, desde muito cedo, pautou o ambiente ali vivido.

O barulho de fundo eram os sons de fogos de artifício, aliados aos cânticos diversos entoados pela multidão, que não conseguiu respeitar as normas em vigor e foi sempre hostil perante o dispositivo policial, que sofreu toda a noite com o arremesso de garrafas de vidro e de tochas.

Devido à pandemia de covid-19, o acesso à rotunda esteve vedado com grades ao longo das artérias circundantes à praça, com os milhares de adeptos ‘leoninos’ atrás do gradeamento, sendo que alguns chegaram mesmo a sofrer ferimentos, sendo prontamente socorridos pelos bombeiros.

Desde o apito final que a zona envolvente se ‘pintou’ de ‘verde’, inclusive a estátua, mas, até chegar a verdadeira confusão, os primeiros momentos foram apenas e só de felicidade, como mostrou à Lusa uma família sportinguista, que veio de Santarém de propósito para os festejos, em que as crianças celebravam pela primeira vez e o pai mostrava-se muito orgulhoso.

“Toda a equipe está de parabéns. Foi um grupo fortíssimo e o nosso treinador foi espetacular”, afirmou o pai Pedro Barbosa, a envergar uma camisola da temporada 2001/02, ano da última conquista, e que precisa agora de “atualizar”, atirou, realçando igualmente a importância do guarda-redes Adán, que “deu muitos pontos” durante todo o campeonato.

O filho mais velho, que herdou o nome do pai, muito relacionado ao Sporting, tem 13 anos e é a primeira vez que vê o seu clube ser campeão de futebol, embora ainda lhe custe a acreditar no que está a viver: “É muito especial, nunca tinha visto. Este campeonato passou muito rápido, nem me apercebi. Não imaginava isto e nem acredito que está a acontecer”.

O jovem lamentou também os incidentes decorridos nas imediações do Estádio José Alvalade, ainda durante o jogo, desconhecendo ainda o que viria a suceder no Marquês de Pombal. “Acho que era desnecessário o que se passou no estádio, não só para a equipe, mas também para a polícia, que são pessoas como nós e têm família em casa. Também os hospitais, com a covid-19 estão cheios e era desnecessário”, frisou.

Já Cinira Andrade sublinhou à Lusa que o Sporting ser campeão “era a coisa que mais queria”, numa “alegria muito grande” oferecida por Rúben Amorim e por todos os jogadores, que foram “maravilhosos e espetaculares”. “Não pudemos ir ao estádio ver um jogo e poder apoiar mais, mas eles fizeram tudo, não precisaram da gente. Muito obrigada a eles e que façam a gente estar cá outra vez para o ano”, desejou.

1 Comment

  1. Fizemos a trinca das dobradinhas: Liga/Taça, Taça/Taça da Liga e agora Liga/Taça da Liga. E a confirmar: Invictos!

    Após duas décadas sendo ‘roubados’ sistematicamente, foi preciso a Operação e-Toupeira aparecer para que alguns do sistema suspendessem as ‘arbitragens viciadas’ por ao menos uma época.
    Foi o segundo longo jejum do Sporting, ainda maior que o primeiro, coincidência ou não – ambos após os Abrileiros chegarem ao poder.

    Quando o jogo é limpo, prevalece o maior e mais genuíno clube português!
    Viva o Sporting!
    Onde Vai Um Vão Todos!

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