Noite de inspiração dá maior vitória de sempre sobre a Espanha

Antonio JoséiLusa

>> O jogador da Seleção Portuguesa, Carlos Martins celebra gol contra Espanha no Estádio da Luz.

Mundo LusíadaCom Lusa

A seleção portuguesa de futebol venceu a Espanha, campeão europeia e mundial, por 4-0, graças a uma noite de grande inspiração individual e coletiva, obtendo a maior vitória de sempre sobre os rivais Ibéricos.A equipa das “quinas” conseguiu a proeza de travar a “máquina” do meio campo do FC Barcelona e da seleção espanhola, em 16 de novembro.A ação do coletivo foi determinante, mas houve algumas “pedras” que desempenharam um papel mais preponderante, João Moutinho acima de todas, como primeiro ator no “pressing” sobre Busquets e Xavi, com um tempo de entrada aos lances revelador da sua inteligência e perceção de jogo.Além de Moutinho, Carlos Martins, que assinou o seu segundo gol na seleção portuguesa, também teve um papel influente na eficácia da pressão alta, mas ao contrário de Moutinho, que esteve soberbo a pressionar, recuperar e lançar o ataque, o médio benfiquista esteve infeliz nas transições ofensivas.Foi uma noite de grande inspiração da equipa das “quinas”, e nem o fato dos jogadores espanhóis terem encarado o jogo de forma menos intensa e competitiva do que o fariam se o jogo fosse “a doer”, diminui o mérito da vitória. A partir do momento em que Portugal “emperrou” a “máquina de jogar futebol” que é a seleção espanhola, graças a uma excelente organização defensiva e a uma pressão agressiva, criou condições para soltar a magia de jogadores com o talento de Ronaldo, que terá feito os melhores 45 minutos ao serviço da turma das “quinas”, e de Nani, que fez “gato sapato” de Capdevilla e defesa espanhola.Na segunda parte o jogo manteve o mesmo cariz, Portugal continuou a jogar de forma compacta, e foi a altura de Nani “abrir o livro” e “partir” literalmente a defesa espanhola, com os seus dribles e mudanças de velocidade, por vezes exagerando nos preciosismos, como aquele “chapéu” que quis fazer a Casillas, aos 52 minutos.Os dois gols de Postiga, aos 49 e 68 minutos, cuja opção para titular foi muito bem vista, por ser tecnicamente superior a Hugo Almeida e saber jogar de costas para a baliza, foram o corolário da supremacia lusa. A cereja no topo do bolo seria posta por Hugo Almeida, quase na derradeira jogada do desafio, num lance de contra-ataque que fixou o resultado final, o melhor de sempre frente à Espanha, superando o 4-1 alcançado em 1947, no Estádio Nacional.Um resultado inesperado, apenas quatro meses após a eliminação de Portugal nas oitavas de final do Mundial da África do Sul frente a seleção espanhol, por 1-0. O encontro serviu para promover a Candidatura Ibérica à organização do Mundial de 2018 e foi ainda disputada no âmbito nas comemorações do Centenário da República.Para o técnico, o trabalho coletivo esteve na base da goleada. “Não há milagres. Há um trabalho coletivo, um compromisso e muito pouco tempo para trabalhar, o que nos vale tem sido a qualidade, entrega e a assimilação rápida das nossas ideias”, disse Paulo Bento na entrevista rápida após o encontro.Paulo Bento realçou a importância das vitórias, que “trazem confiança e motivação”, tendo ainda frisado que, apesar de não valer pontos, traz prestígio, principalmente “contra uma grande equipe, campeã mundial e europeia”.

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