Taxa de desemprego em junho é a mais baixa desde 2002 em Portugal

Da Redação
Com Lusa

A taxa de desemprego desceu para 6,8% em junho, quer em termos homólogos quer em cadeia, sendo a mais baixa desde setembro de 2002, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE).

“A taxa de desemprego de junho de 2018 situou-se em 6,8%, menos 0,2 pontos percentuais que no mês anterior, menos 0,7 pontos percentuais em relação a três meses antes e menos 2,3 pontos percentuais que no mesmo mês de 2017”, refere a estimativa mensal de emprego e desemprego do INE.

“Aquele valor representa uma revisão em alta, de 0,1 pontos percentuais, da estimativa provisória divulgada há um mês”, prossegue o INE, adiantando que “desde setembro de 2002 que não era observada uma taxa de desemprego tão baixa”.

No que respeita “ao mês precedente, a população desempregada diminuiu 3% (menos 10,9 mil pessoas) e a população empregada aumentou 0,4% (mais 20,3 mil pessoas)”, refere o INE.

“A estimativa provisória da taxa de desemprego de julho de 2018 aponta para a manutenção da taxa de desemprego no mesmo valor do mês anterior (6,8%)”, acrescenta.

Em junho, a população empregada foi estimada em 4.811,6 mil pessoas, tendo aumentado 0,4% (20,3 mil) em relação ao mês anterior (maio de 2018), 0,7% (32,6 mil) em relação a três meses antes (março de 2018) e 2,8% (132,3 mil) em comparação com igual mês do ano passado.

“Aquele valor foi revisto em mais 0,1% (6,6 mil) relativamente ao provisório publicado há um mês”, adianta.

A taxa de emprego situou-se em 61,8%, o que corresponde a um decréscimo de 0,1 pontos percentuais em relação ao mês anterior e a um acréscimo de 0,2 pontos percentuais em relação a três meses antes e de 1,4 pontos percentuais em comparação com o período homólogo de 2017.

Em junho, a população desempregada foi estimada em 352,4 mil pessoas, uma diminuição de 10,9 mil (3%) face ao mês anterior e de 32,7 mil (8,5%) face a março.

Relativamente a junho de 2017, a diminuição foi de 25% (117,6 mil). “Aquele valor representa uma revisão em alta de 1,5% (5,3 mil) da estimativa provisória”, refere o INE.

“Boa situação”

O Governo destacou a “boa situação no mercado de trabalho”, devido à queda da taxa de desemprego, considerou o ministro do Trabalho, da Solidariedade e da Segurança Social, Vieira da Silva.

“No horizonte desta legislatura, neste mês completa-se a criação de mais de 321 mil postos de trabalho, o que é, de fato, um resultado muito forte e muito impressivo, que demonstra a dinâmica do mercado de trabalho, quer na parte dos jovens, quer na parte dos menos jovens”, notou Vieira da Silva.

Falando num “conjunto de fatores que mostram que há um dinamismo muito grande do mercado de trabalho”, o responsável adiantou que “as contribuições para a Segurança Social também continuam a crescer a um ritmo muito elevado”.

Tal situação “quer dizer que o emprego e os salários estão a comportar-se de uma forma positiva e isso é, obviamente, um fator muito importante para a nossa sociedade e para a nossa economia”, vincou.

Ainda assim, Vieira da Silva referiu que “também já é visível que, em muitos setores de atividade, em várias regiões do país, há a consolidação de um problema que surge, que é a falta de mão-de-obra particularmente qualificada para alguns investimentos”.

Esta é, assim, “uma preocupação” para o executivo, que pretende assegurar que não existem “bloqueio aos investimentos, que são fundamentais”, concluiu Vieira da Silva.

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