Reunião sobre a Grécia na estreia de Vítor Gaspar “vai ser longa”

Da Redação
Com Lusa

Ministro português das Finanças, Vitor Gaspar, fala com os jornalistas, em 14 de julho, Lisboa. Foto: ANTONIO COTRIM/LUSA

Vítor Gaspar avisou, dia 11 em Bruxelas, que “vai ser longo” o encontro entre os ministros das Finanças da Zona Euro para tentar avançar numa solução para envolver o setor privado no segundo programa de apoio à Grécia.

“Isto vai ser longo”, limitou-se a dizer Vítor Gaspar à entrada do encontro em que pela primeira vez vai estar a representar Portugal no cargo de ministro das Finanças.

O presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker, deverá iniciar a reunião com a apresentação de três novos ministros das Finanças, o português Vítor Gaspar, o francês François Baroin e a finlandesa Jutta Urpilainen.

Vítor Gaspar terá oportunidade de fazer o ponto da situação dos últimos desenvolvimentos relacionados com a evolução das contas portuguesas na parte da reunião que mensalmente aborda as últimas evoluções econômicas e orçamentais dos Estados-membros.

O novo titular das Finanças deverá assim apresentar, entre outras medidas, a decisão de Lisboa de realizar uma sobretaxa extraordinária em sede de IRS (na prática o equivalente a um corte em 50% no subsídio de Natal acima do salário mínimo), e também reafirmar o compromisso de Lisboa de realizar o programa de privatizações.

De acordo com fonte comunitária, os 17 ministros das Finanças da Zona Euro irão passar uma parte importante da reunião a tentar encontrar uma solução sobre as modalidades e o envolvimento do setor privado no segundo pacote de ajuda à Grécia, que deverá ser decidido até setembro próximo.

A reunião também tem lugar numa altura em que aumentam os receios de contágio da crise da dívida grega a outros países, nomeadamente à Itália depois das obrigações do Tesouro italianas terem sofrido a pressão dos mercados financeiros com um aumento das taxas de juro.

Em maio de 2010, Atenas chegou a acordo sobre um primeiro pacote de resgate de 110 bilhões de euros com a União Europeia e o Fundo Monetário Internacional, a ser distribuído em três anos.

Esse pacote é agora considerado insuficiente, tendo os ministros das Finanças já iniciado as negociações para um segundo plano de ajuda que deverá ter uma dimensão idêntico ao primeiro.

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