Presidente da PT reafirma interesse na Vivo

Brasília – O presidente da Portugal Telecom (PT), Henrique Granadeiro, considera que “vender a Vivo seria deitar para o lixo um enorme capital de competências ganho ao longo de todos estes anos”, voltando a mostrar a importância que a operadora brasileira de telefonia móvel, cujo controle é partilhado com a Telefónica, tem para a PT.

Henrique Granadeiro afirmou, em declarações ao jornal português Diário Económico, que se a oferta pública de aquisição (OPA) lançada pela Sonaecom não tiver sucesso a PT continuará sua aposta no mercado brasileiro. “Nesse caso a PT pode afirmar-se no Brasil – não me resigno ao que encontrei na Vivo – e sonhar com iguais posições em outros países”, disse o presidente da PT, durante uma visita a Macau.

O presidente da PT destacou a importância de ter centros de competência, mais do que de decisão. “Se a OPA passar, Portugal perde um dos seus centros de competência mais importantes. Só se fala do preço como um grande problema – mas vale muito mais aquilo que a PT pode fazer neste Portugal do novo desígnio”.

“Pelo nível de endividamento, pelo fato de não ter o perímetro que hoje tem – e ainda por não conseguir manter o nível de investimento em inovação e até sobre a economia – a PT que a Sonae promete é uma empresa que perde escala e amputa as suas possibilidades de crescimento nestas novas geografias”, avalia Henrique Granadeiro, referindo-se às economias emergentes, como Brasil, Rússia, Índia, China e África, onde, em alguns casos, a PT tem investido.

A Anatel – Agência Nacional de Telecomunicações aprovou no final de janeiro o pedido de anuência prévia para a compra da PT pelo grupo Sonaecom. Os planos já divulgados pelo presidente do grupo Sonae, Belmiro de Azevedo, são para vender a participação que a PT tem na Vivo, se a Sonae ficar com o controle do maior grupo português de telecomunicações.

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