Portugal Telecom diz que quer ficar no Brasil e mira África

Manuel de Almeida/Lusa

Henrique Granadeiro, Presidente da Portugal Telecom, conversa com o seu vice-presidente, Rodrigo Costa, antes do inicio da Assembléia Geral de Acionistas da Portugal Telecom, 02 Marco 2007, no Centro de Congressos de Lisboa.

 

O presidente da Portugal Telecom (PT), Henrique Granadeiro, reiterou na quarta-feira, 07 de março, o interesse da empresa em permanecer no mercado brasileiro e adiantou que uma das novas apostas será a África, o que futuramente poderá levar a PT a "lançar um operador pan-africano".

"O Brasil é uma geografia onde nós queremos estar. Seja através da Vivo, seja através de uma outra operação que nós consideremos atrativa", afirmou o presidente da PT em entrevista divulgada pelo portal português Sapo. África é outra das apostas de futuro e um dos próximos passos da PT será "a criação de uma holding, que poderá ser a PT África ou a África Tel", que irá agrupar as participações da empresa no setor das telecomunicações africano, disse Granadeiro.

"Vamos criar parcerias para esse desenvolvimento, com uma base financeira para alargamento das nossas operações", explicou o executivo, acrescentando que o objetivo será "lançar um operador pan-africano", com os atuais parceiros e outros que possam surgir".

No Brasil, a Portugal Telecom é acionista do portal UOL e divide o controle da Vivo com a Telefónica. Em relação a esta parceria com a operadora espanhola, Granadeiro reafirmou que, "se houvesse um comprador natural da Vivo seria a PT", reconhecendo que "não há ativos inalienáveis". Saída da Telefónica Em relação a uma eventual saída da Telefónica do capital da PT, Granadeiro disse não será "nenhuma tragédia" e que a questão será resolvida dentro do realinhamento acionista resultante do programa de recompra de ações.

"Há formas de responder a esse problema e essas soluções encontrar-se-ão no momento próprio e da forma que melhor se enquadrem na visão estratégica para a PT", disse o presidente da operadora de telecomunicações.

Recordando que deu à Telefónica um período de reflexão para se pronunciar sobre o "desalinhamento estratégico" na oferta pública de aquisição (OPA) da Sonaecom, Granadeiro assegurou que, se a operadora espanhola "não reagir a tempo", tomará "as medidas que entender apropriadas para o esclarecimento dessa situação".

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