De Portugal Digital O ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, entregou terça-feira, 22 de maio, uma carta pedindo demissão do cargo ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ao princípio da noite, o Palácio do Planalto divulgou nota onde é anunciada a saída de Rondeau do governo. A demissão foi causada por investigações feitas pela Polícia Federal que indicam que Silas Rondeau teria recebido propina de R$ 100 mil da construtora Gautamo.
José Cruz/ABr O ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, apresentando o balanço dos primeiros meses do PAC, em Brasília, 7 de maio. |
Numa outra nota, divulgada pelo Ministério de Minas e Energia, Rondeau reafirma sua inocência e diz que deixa o governo para impedir que o setor energético seja prejudicado. Ele afirma ainda querer evitar que a imagem do governo seja de algum modo afetada.
Rondeau foi indicado para o cargo por líderes do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), nomeadamente o ex-presidente da República, José Sarney.
Nesta terça, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou que as investigações devem prosseguir “doa a quem doer”. O presidente esteve reunido durante duas horas, antes de receber Rondeau, com o núcleo central do governo, para analisar a situação do ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau.
Nos meios políticos de Brasília, o afastamento de Rondeau era apontado como inevitável. A "operação tem que prosseguir e ir a fundo, doa a quem doer", disse Lula.
A semana passada, durante a Operação Navalha, a PF prendeu Ivo Almeida Costa, assessor especial do gabinete do ministro.
A PF recolheu fitas gravadas por câmeras do serviço de segurança do Ministério de Minas e Energia. As imagens mostram uma funcionária da Gautama, Fátima Palmeira, entrando no ministério pelo elevador privativo no dia 13 de março. Ela carrega um envelope de cor parda, no qual a PF acredita que estavam 100 mil reais.