Ministro da Economia e presidente empossado da Facesp falam do desenvolvimento para o Brasil

Posse de Alfredo Cotait Neto como presidente da Federação das Associações Comerciais do Estado de SP teve participação de do ministro Paulo Guedes, do governador João Doria e prefeito Bruno Covas; também tomaram posse a diretoria executiva da Facesp e os 20 vice-presidentes da Federação, representando as regiões administrativas paulistas.

Da Redação

Na noite desta quinta-feira, o presidente da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp) para o biênio 2019/2021, Alfredo Cotait Neto, tomou posse em solenidade no Clube Monte Líbano, na zona sul da capital paulista. Também foram empossados os integrantes da diretoria executiva e os 20 vice-presidentes da Federação, representando as regiões administrativas paulistas. A cerimônia contou com participação do ministro da Economia Paulo Guedes, do governador João Doria e do prefeito Bruno Covas. Compareceram ao evento 1.700 empresários e autoridades federais, estaduais e municipais.

“Seremos a voz do empreendedorismo, com o apoio das 420 associações comerciais espalhadas por todo Estado de São Paulo e que representam uma força política sempre mobilizada na defesa da livre iniciativa e do desenvolvimento nacional”, declarou o presidente da Facesp.

Empresário, engenheiro e ex-senador, Alfredo Cotait Neto frisou que “o País está saindo de um modelo de dependência do Estado para uma economia liberal em meio a uma profunda recessão e esgotamento do sistema político da nova república”. Ele acrescentou que essa mudança de paradigma “irá colocar o setor privado como principal agente do desenvolvimento”.

O presidente da Facesp destacou a importância da Medida Provisória da Liberdade Econômica, que representa, segundo ele, um importante passo para reduzir o intervencionismo e a burocracia, “atendendo aos anseios de liberdade para empreender, defendidos historicamente pela Facesp e pelas associações comerciais de todo o Brasil”.

Reforma profunda

Cotait defendeu que a reforma da Previdência precisa ser profunda, pois somente assim o Brasil poderá entrar no caminho do equilíbrio fiscal. “A reforma precisa ser profunda, com os parâmetros da proposta enviada pelo governo ao Congresso, pois além de seu impacto positivo sobre as contas públicas e na redução das desigualdades, representa importante sinalização do empenho em busca do equilíbrio fiscal, devolvendo a credibilidade necessária para que os investimentos externos, hoje em compasso de espera, retornem ao Brasil”.

O presidente da Facesp clamou aos parlamentares: “O Brasil tem pressa. Os milhões de desempregados, os desalentados, os jovens que buscam o primeiro emprego têm pressa. É preciso reduzir a incerteza que paralisa a economia. As reformas são necessárias, mas também urgentes”, disse, ressaltando o papel importante dos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, Davi Alcolumbre. “O Congresso saberá corresponder às expectativas da sociedade, consciente do grave momento que atravessa o Brasil, e aprovará as reformas perfeitamente alinhado com as propostas do Ministro Paulo Guedes, rumo à transição para o modelo liberal”.

Ao final de seu discurso, Cotait foi enfático: “Passaram-se anos de espera, mas com a vitória do Presidente Jair Bolsonaro temos a esperança, e quem sabe a última oportunidade, sob o seu comando, de colocar o Brasil no caminho do crescimento. O Brasil liberal que queremos, capaz de gerar empregos e reduzir a dívida social, promovendo a inclusão, exige a participação e colaboração de todos”.

Reforma: 60 a 90 dias

O ministro da Economia, Paulo Guedes, ressaltou que as associações comerciais são agentes importantíssimos para a geração de emprego e riquezas. Chamou atenção para o desequilíbrio fiscal pelo qual o Brasil vem passando. “Todo dia tem um barulho, um desentendimento, mas não se deixem levar por esses sinais. O sinal que realmente importa é que o Brasil teve 30 anos de desenvolvimento baseado em empresas estatais. Quando fizemos a transição para o regime politicamente aberto, que foi a redemocratização, era natural que fossem carimbados gastos com saúde e educação. Mas definiu-se também que a liberdade econômica e o direito de cada cidadão empreender é a regra. E não a exceção. O cidadão tem que ser capaz de fazer tudo desde que não infrinja a lei. E no Brasil, está o contrário: tudo é proibido a não ser que o governo permita. O Brasil inverteu tudo”, criticou.

O ministro definiu a Previdência como “fábrica de privilégios”. O governo brasileiro, disse ele, “saiu de 18% do PIB de gastos e chegou a 45%, no pico do governo Dilma”. Para ele, o presidente Jair Bolsonaro é “patriota, intenso, determinado e disposto a pagar o preço de enfrentar uma ordem política que ele não considerava interessante e que a população brasileira disse ‘vamos mudar’”.

Guedes declarou que daqui a 60 ou 90 dias a reforma da Previdência deverá ser aprovada. “Creio que conseguiremos implementar (a reforma) com a desejada potência fiscal, vamos poder lançar o sistema de capitalização para os jovens”. Salientou as contribuições de Maia Alcolumbre, de prefeitos e de governadores, “até mesmo os da oposição, que não assume publicamente com medo de perder votos, mas estão nos ajudando”.

Ele afirmou que a prioridade agora é administrar os gastos públicos, que “subiram sem controle”. Adiantou que os impostos “vão ser simplificados e vão descer” via reforma tributária. “Já começou uma competição saudável; a Câmara anda com a reforma dela, a gente anda com a nossa”.

Natureza liberal

João Doria elogiou os quatro anos de mandato de Alencar Burti – de quem é amigo pessoal há mais de 40 anos – à frente da Facesp. E depositou confiança no mandato que se inicia de Cotait. “Juntos vocês fizeram uma carreira brilhante nos seus negócios empresariais, e com certeza a Facesp está em ótima mãos agora com o Alfredo Cotait empossado”.

O governador disse que, ao contrário dos governos petistas, o seu governo “não mente, não estoca vento e nem saúda a mandioca”. Afirmou que seu governo à frente do estado mais rico da federação é de natureza liberal, em busca da defesa da geração de emprego, do setor privado e desburocratizando. “Menos Estado, menos governo e mais privado”, resumiu Doria. “Quero deixar claro meu apoio a todos os programas econômicos que esse garantidor do Brasil, o ministro Paulo Guedes, vem executando”.

Ele declarou apoio incondicional à reforma da Previdência. “Não temos que exigir nenhuma contrapartida do governo federal, a não ser que aprovem a reforma, porque o que é bom para o Brasil é bom para São Paulo”.

DNA

O prefeito da capital paulista revelou que quer estreitar ainda mais a relação entre a Prefeitura e a Facesp. “O que nos une é o desenvolvimento econômico. O que dá dignidade e reduz desigualdade é o emprego, a geração de atividade econômica local, que está no DNA das associações comerciais”. Bruno Covas lembrou que Prefeitura e Facesp estão juntos no processo de desburocratização, no apoio ao empreendedorismo e na aprovação das reformas.

O ex-presidente da Facesp Alencar Burti depositou sua confiança na gestão de Cotait à frente da entidade, frisando a dedicação que ele tem pelos valores liberais. “Cumprimento o Alfredo por trazer, num dia comum, mais de mil pessoas aqui reunidas para fortalecer a Facesp. Somos todos voluntários, e a presença marcante de todos aqui é o maior prêmio que poderíamos receber. E pelo amor que o Alfredo tem pela nossa entidade, sei que ele vai preservar nossos valores e nossa posição de defesa do nosso país. Você, Alfredo, com certeza vai fazer um ótimo trabalho, com todo seu amor, carinho e competência”.

Já o presidente da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB), George Teixeira Pinheiro, comentou que o momento atual é um dos mais importantes dos últimos 40 anos e que os empresários precisam se empenhar na política e pressionar pela aprovação da reforma da Previdência. “Esse é o momento de se fazer política, sair das nossas lojas, das nossas fábricas, dos nossos negócios e ajudar o governo que elegemos a resolver os nossos problemas. Precisamos aprovar a reforma. O Brasil vai cobrar os parlamentares da nova forma de fazer política no País”.

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