Mercosul e União Europeia negociam acordo comercial em reunião no Brasil

Da Redação
Com agencias

Os chefes das diplomacias dos Estados membros do Mercosul reuniram-se, em Brasília, com o vice-presidente da Comissão Europeia, Jyrki Katainen, para tratar do acordo comercial que ambas as partes negociam há duas décadas.

Jyrki Katainen encontrou-se na capital brasileira com os ministros dos quatro países que compõem o bloco sul-americano: Brasil, Argentina, Uruguai e o vice-chanceler paraguaio. No final da reunião, os dois lados destacaram a importância de avançar as negociações com o objetivo de chegar a um acordo antes do final do ano, embora admitam que o trecho final das conversações ainda enfrenta obstáculos.

“Quanto mais nos aproximamos do final do processo de negociação, mais difíceis serão as questões a serem discutidas, daí a importância da componente política, que acrescenta tanto valor ao processo de negociação”, disse Katainen.

“O acordo se traduzirá em tarifas mais baixas ou tarifas zero para determinados produtos da pauta comercial e nos permitirá operar em torno de um conjunto de regras que regerá as relações entre União Europeia e Mercosul de forma que terremos um ambiente de negócios mais facilitado viabilizado por meio da troca comercial mais sustentável entre as duas regiões”, disse.

O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Alysio Nunes, explicou que o Mercosul apresentou à União Europeia (UE) um pacote de medidas com “quantidades e regras”. “Se houver um sinal positivo, como espero que possamos ter da UE, poderíamos acelerar as negociações e concluí-las no final do ano”, afirmou.

“O Mercosul se move”, disse o ministro brasileiro, país que detém a atual presidência rotativa do Mercosul. Aloysio Nunes disse ter a expectativa de que essa tenha sido uma das últimas rodadas antes da finalização das negociações “Esperamos a conclusão desse acordo até o final deste ano”, disse. Segundo ele, a proposta apresentada à União Europeia inclui regras para as trocas de bens que criam um quadro jurídico favorável ao intercâmbio entre os países.

O ministro argentino, Jorge Faurie, também destacou a importância do acordo ficar concluído ainda este ano, o que constituirá “um sinal extremamente forte para o Mercosul em si, para a UE e também para o mundo em geral”. “Se assinarmos esse acordo que esperamos atingir até dezembro já conseguiremos a maior confiança para os investidores e um sinal para as empresas começarem a se preparar para ter maior comércio. É também um sinal importante para um comércio com regras, disciplina e valores”, disse Faurie.

Já o uruguaio Rodolfo Nin Novoa insistiu que, além de regras, números e listas, também importa falar sobre “o comércio justo. O comércio deve satisfazer as expectativas que temos há mais de 20 anos”.

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