Investimento de 2017 em Portugal foi o maior dos últimos 19 anos

Da Redação
Com Lusa

O investimento, um dos principais fatores de crescimento econômico em Portugal no último ano, subiu 8,4% no conjunto do ano, alcançando o maior crescimento desde 1998, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE).

O INE confirmou que o Produto Interno Bruto (PIB) aumentou 2,7% no conjunto do ano passado, destacando o contributo da procura interna e, sobretudo, a aceleração do investimento, que compensou um contributo negativo da procura externa líquida (porque as importações pesaram mais do que as exportações).

A Formação Bruta de Capital (FBC), que o INE designa também como investimento, mas que inclui o impacto dos ‘stocks’, avançou 8,4% no conjunto de 2017, o ritmo de crescimento anual mais elevado dos últimos 19 anos. É preciso recuar a 1998 para encontrar um crescimento da FBC superior a 8,4%, já que nesse ano esse indicador avançou 13,4%.

Este indicador reflete, explica o INE, a aceleração da Formação Bruta em Capital Fixo (FBCF), que cresceu 9% em 2017, quando no ano anterior tinha avançado apenas 1,5%, e um impacto “ligeiramente negativo” da variação de existências (o saldo dos bens que entram e saem de inventário, tais como produtos por transacionar, produtos furtados nas lojas ou matérias-primas que se estragam).

Já no que diz respeito à FBCF, ou seja, o investimento que exclui o impacto dos ‘stocks’, a construção “foi a componente que mais contribuiu para a evolução da FBCF total em 2017”, aumentando 9,2%, após ter diminuído 0,3% em 2016.

O INE destaca ainda que a FBCF em ‘outras máquinas e equipamentos’ “acelerou significativamente” em 2017, passando de um crescimento de 4,3% em 2016 para 13%, totalizando cerca de 7,9 mil milhões de euros.

A FBCF em ‘equipamento de transporte’ também acelerou em 2017, registando uma taxa de variação de 14,1% (8,4% em 2016) e em ‘produtos de propriedade intelectual’ cresceram uns ligeiros 0,3%, após uma diminuição de 0,7% em 2016.

O cálculo do PIB tem em consideração o contributo da procura interna, que inclui despesas de consumo final (de famílias e instituições e das Administrações Públicas) e a Formação Bruta de Capital, e da procura externa líquida (que retira as importações às exportações).

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