De acordo com o professor catedrático do ISEG, Eduardo de Sousa Ferreira, 7% do PIB em Portugal são contribuição dos imigrantes. “Só existem dados concretos até 2005 que apontavam para um contributo de 5% a 6%, mas a partir daí pode considerar-se os 7%, até porque os imigrantes ocupam agora funções mais qualificadas”, diz o especialista.
Em 2005, os residentes estrangeiros somavam cerca de 430 mil, embora espere-se que cheguem aos 500 mil em 2007. Estes têm uma taxa de atividade mais elevada “do que a restante população ativa portuguesa, em parte devido à sua estrutura etária”, explica Maria Lucinda Fonseca, investigadora do Centro de Estudos Geográficos da Universidade de Lisboa. “Os imigrantes representam atualmente cerca de 9% a 10% da população ativa nacional apesar de serem menos de 5% da população portuguesa”, especifica a investigadora.
Apesar de contribuírem para o Estado português, em Segurança Social e impostos mesmo não estando numa situação totalmente legal, os imigrantes não são os que mais se beneficiam. Os dados mais recentes de 2004 revelam que os imigrantes correspondem a 6,7% do total de contribuintes para a Segurança Social e as suas contribuições são 3% do total. Mas, apenas 2,5% dos pensionistas são imigrantes, sendo que este valor considera elementos da comunidade européia e não tanto imigrantes da Europa de Leste, africanos ou brasileiros, que são a maioria, de acordo com o Diário Digital.