Globalização pode ser vantajosa para Portugal

Durante discurso no seminário “Portugal e a Europa: Comércio e Investimento num Contexto Global”, na segunda-feira, 09 de outubro, o Ministro da Economia Manuel Pinho abordou as vantagens da globalização para a economia portuguesa.  

“O fato de sermos uma economia de pequena dimensão e de vivermos na globalização pode constituir uma vantagem”, afirmou, salientando que esta “permite progredir mais rapidamente a quem sabe tirar partido dela”, disse o ministro durante o evento que decorreu no Porto.

Manuel de Almeida/Lusa

Para Manuel Pinho, a economia portuguesa tem um futuro firmado no âmbito das exportações. “Um projeto bem sucedido em Portugal tem efeitos sobre a economia muito superiores aos que teria se o país tivesse uma dimensão muito maior”.  

Porém, alertou o ministro português, em caso de instabilidade política, ambiente pessimista e ausência das necessárias reformas e ambiente de negócios, o efeito positivo se transformar o contrário. “Este efeito de alavanca no sentido positivo transforma-se num efeito de alavanca em sentido negativo”. 

Salientou ainda que quando dos efeitos desordenados que podem ser gerados pela globalização, exemplificando com os têxteis e calçado, é importante estipular correção dos efeitos negativos.  

“Há casos pontuais em que a globalização produz efeitos desordenados e isso pode prejudicar inutilmente algumas indústrias, como foi o caso do têxtil e do calçado, onde as empresas portuguesas estavam a sofrer muito não só por terem de se adaptar a mais concorrência, mas devido a concorrência que não era totalmente leal porque assente em práticas de dumping”, explicou. Os efeitos foram corrigidos depois da recente imposição da Comissão Européia das tarifas aduaneiras ao calçado proveniente da China e do Vietnã. 

Para Pinho, o futuro da economia portuguesa está “definitivamente nas exportações”. No último semestre, Portugal foi o terceiro país da Europa em que mais teve aumento no setor, seguido da Alemanha e Finlândia. “As grandes multinacionais que não estão em Portugal unicamente para explorar mão-de-obra barata estão a voltar a investir no país”, exemplificou o ministro com a Infineon, a Siemens, a Volkswagen, a Continental, a Blaupunkt, a Repsol, a Ikea e a DowChemical. Afirmou ainda que “os sectores tradicionais e as pequenas e médias empresas estão a começar a dar a volta”.

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