Fim da CPMF seria "trágico para o país", adverte Mantega

 

Daniel Lima Da Agência Brasil

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse em 4 de setembro, que seria “trágico para o país, não para o governo”, se a prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) não não for aprovada. Para Mantega “certamente teríanmos sérios prejuízos, caso não fosse aprovada a CPMF”.

“Teríamos um buraco de R$ 36 bilhões no orçamento, que não teríamos de onde tirar. Teríamos que desativar programas sociais importantes, teríamos que diminuir o equilíbrio fiscal do país e diminuir o superávit primário [a economia que o país faz para pagar juros da dívida externa e interna], perdendo conquistas importantes para o país, como a credibilidade externa que adquirimos recentemente”.

Segundo Mantega não daria para retroceder na folha de pagamento, nem deixar de pagar a Previdência. Ele disse que, além de tudo isso, o país demoraria mais para atingir um grau de investment grade (grau de investimento), uma classificação das agências de risco internacionais para orientar os investidores interessados em jogar recursos na economia de um país (investimentos diretos).

“Investment grade significa taxa de juros menores para a sociedade brasileira, significa que o empresário brasileiro poderá captar recursos a taxas menores. Investment grade é um país de risco menor”

Guido Mantega é um dos ministros que participam de audiência pública na Comissão Especial da Câmara que analisa a proposta de prorrogação da CPMF até 2011. Os parlamentares também ouvem os ministros da Saúde, José Gomes Temporão; do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias, e da Previdência Social, Luiz Marinho.

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