Empresários contam com a diáspora para inverter retrocesso de década nas exportações

Da Redação
Com Lusa

O presidente da Associação Empresarial de Portugal (AEP), Luís Miguel Ribeiro, conta com a diáspora portuguesa para ajudar o país a recuperar do retrocesso de uma década nas exportações, causado pela pandemia de covid-19.

Em declarações à agência Lusa a propósito das ações em curso de divulgação da Rede Global da Diáspora uma plataforma online que pretende aproximar as empresas portuguesas na diáspora e ajudá-las a aumentar os seus negócios, Luís Miguel Ribeiro disse contar com os emigrantes para ajudar na recuperação do país.

“Regredimos uma década em dois trimestres. Passamos dos 44-45% do Produto Interno Bruto (PIB), com a ambição de chegar aos 50%, e estamos nos 30%”, lamentou.

E defendeu: “Vamos ter de fazer um esforço enorme de voltarmos a atingir esses indicadores, sendo certo que os mercados, atos de consumo, preferências dos consumidores se foram alterando”.

“Vamos precisar muito dos portugueses na diáspora para nos ajudarem a relançar as nossas empresas. Precisamos de restabelecer novamente contatos e encontrar oportunidades de exportar”, disse.

O presidente da AEP referiu que “as exportações estavam numa base muito pequena de empresas”, a qual a diáspora pode e deve aumentar.

“Temos a felicidade de ter cada vez mais portugueses com cargos de maior relevância lá fora. Integramo-nos muito bem nas comunidades onde estamos e podemos e devemos potenciar isso para Portugal poder voltar a corrigir e a reconquistar esse indicador que era o equilíbrio da balança comercial positiva”, adiantou.

Em abril, as exportações portuguesas registraram uma queda de 39,8%, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE).

Promovida pela Associação Empresarial de Portugal (AEP), a rede é uma plataforma online que pretende aproximar as empresas portuguesas na diáspora e ajudá-las a aumentar os seus negócios.

Para já, a plataforma conta com 4.000 inscrições de 124 países, um número que seria muito maior se a pandemia de covid-19 não tivesse atrasado o processo de divulgação.

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