Por Odair SeneMundo Lusiada
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Mundo Lusíada
>> Paulo Porto e David da Fonte, ao lado de representantes da SLT Consultoria e Futura Soluções.
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Recepcionados na sede do Banco Banif, no Itaim Bibi em São Paulo, um grupo de jornalistas de Angola esteve no Brasil para encontros com jornalistas da área de economia. A partir do ano que vem, Angola lançará a sua Bolsa de Valores, e os angolanos iniciaram um intercâmbio a fim de conhecerem mais de perto como funciona o trabalho dos jornalistas da área econômica no Brasil.
Após a reunião, o banco levou todos os angolanos para conhecerem as instalações da instituição, e depois ao Almoço das Quintas da Casa de Portugal de São Paulo.
Para o anfitrião, diretor do Banco Banif e diretor social da Casa de Portugal, David da Fonte, o intercâmbio é muito importante para ambos os lados. "Eu vejo como um marco muito importante na história de Brasil e Angola. O país está sendo reconstruído, está precisando de muita coisa, trabalho, tecnologia, produtos, e o Brasil tem muito a oferecer para Angola. Então vemos realmente com muito bons olhos este intercâmbio, este pessoal vêm com muita humildade colocar os problemas do país e, eu diria, até pedindo ajuda".
Para Messias Constantino, do Jornal de Angola e presidente da Associação de Jornalistas Econômicos de Angola (AJECO), a visita superou as expectativas. "Posso dizer que nossa visita ultrapassou todas as expectativas. Eu estive cá ano passado e saí de São Paulo com uma visão muito positiva porque pudemos ter uma idéia do que é o Estado. Hoje nós viemos a SP para pegarmos experiência sobre como funciona uma Bolsa de Valores. Angola vai ter uma Bolsa daqui um ano e nós jornalistas temos que nos prepararmos para isso".
Na sede do banco, eles participaram de uma reunião sobretudo sobre índices econômicos. "Tivemos uma reunião muito interessante no Banco Banif, depois tivemos este privilégio de conviver com empresários ligados à Casa de Portugal de São Paulo" afirmou.
Os angolanos escolheram o Brasil, ao invés da pátria-mãe Portugal, para este intercâmbio sobretudo pela posição que o país ocupa hoje no cenário mundial, defende o Dr. David da Fonte. "Brasil também é um país novo mas evidentemente mais velho do que Angola. Mas o Brasil é um país muito rico, com uma mão-de-obra que eu diria até sobrando. Essa tecnologia que o Brasil vai poder enviar à Angola vai ser realmente fundamental para o desenvolvimento deles".
Câmara Brasil-AngolaDurante o evento no Banco Banif, foi ainda divulgada a criação da Câmara de Comércio Angola-Brasil, e que já conta com um estatuto pronto. "Já existe um protótipo até de contrato sendo analisado por pessoas influentes, não vou citar nomes porque ainda é muito cedo mas colocamos isso para o grupo de jornalistas, e acho que vamos retomar esse caminho e agilizar o processo de instalação dessa Câmara no Brasil" afirmou David da Fonte.
Segundo o diretor do banco anfitrião, o Banif também é um dos interessados nesta maior relação empresarial. "O Banif, como banco internacional, tem todo o interesse na criação dessa Câmara. É claro que temos interesse de exportação e importação de Angola, mais exportar porque temos mais produtos a oferecer a Angola do que o inverso, então a Câmara vai facilitar o trabalho e o contato com as empresas angolanas".
Banif em LuandaAlém do interesse em fomentar os negócios, e da presença do Banif em Luanda, é mais um intercâmbio com um país de língua portuguesa. "Temos um carinho especial por ser uma ex-colônia portuguesa. E o Banif está vendo com bons olhos uma possível abertura do mercado para o banco lá, talvez num futuro não muito distante, uma agencia própria do Banif. Neste aspecto, temos todo o interesse em difundir o máximo possível o comércio entre Brasil e Angola".
No mercado brasileiro, David da Fonte ainda falou sobre as novas apostas do banco no país. No mês de agosto, o Banif estará inaugurando a agência de Brasília, e muito em breve estará no Recife também, além de Campinas que caminha bem, onde o banco já mantém um escritório e agência da sua financeira. Em Santos, uma das principais agências do país, o Banif ainda procura um local para abertura de sua agência. "A dificuldade é encontrarmos um local adequado para colocar uma agência da qualidade Banif. Nós queremos ficar ali na Av. Ana Costa, e não temos encontrado espaço físico ali" explica.
Finalizando sobre o encontro com os angolanos, David da Fonte disse esperar resultados. "O Banif sente-se até bastante lisonjeado por ter recebido esta comitiva de jornalistas na sede, e procuramos recebê-los com todo carinho e amabilidade que o Banif dispensa a todos os amigos, e esperamos que seja uma reunião que surta muito efeito em termos de negócios entre Brasil, Angola e o Banif".