Ásia será prioritária na diplomacia econômica em 2014 para Portugal

Da Redação

IV Conferência Ministerial do Fórum de Macau, na China.
IV Conferência Ministerial do Fórum de Macau, na China.

“A Ásia será uma região prioritária em termos de diplomacia econômica em 2014, com visitas previstas ao mais alto nível da representação do Estado, nomeadamente à China e ao Japão”, salientou o Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros numa visita à AICEP.
A cimeira da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) irá realizar-se este ano em Díli, Timor-Leste, e segundo o ministro, “será uma oportunidade para projetar a lusofonia na Ásia Pacífico”.
O Ministro afirmou que será fundamental “encarar com ambição os mercados asiáticos, aproveitando todas as oportunidades para a afirmação das nossas empresas neste contexto”.
Rui Machete explicou que o Estado deve atuar como facilitador e contribuir para a criação de um ambiente de negócios favorável e, por isso, as deslocações oficiais podem associar as vertentes institucional e empresarial, “potenciando os resultados e o impacto de ambas”.
O Ministro acrescentou que o número de visitas oficiais político-econômicas têm aumentado, bem como as cimeiras e comissões mistas bilaterais, antecipando que o calendário para 2014 é “bastante preenchido”, daí que algumas das deslocações agendas para este ano se realizem com a presença de delegações empresariais e com a colaboração da AICEP.
“A rede externa da AICEP está plenamente integrada na rede diplomática” explicou o Ministro acrescentando que “terá de ter a capacidade de adaptação às mudanças que se vão verificando no cenário internacional”. “Portugal empreendeu nos últimos anos um esforço de ajustamento que esperamos culmine no próximo ano com o início de um novo ciclo de consolidação e de crescimento econômico” afirmou.
O Ministro desafiou os funcionários da AICEP a apresentarem, propostas de iniciativas designadamente em matéria de comércio internacional e de captação de investimento.
Pedro Reis, presidente da AICEP Portugal Global, destacou que a agência, com 500 trabalhadores, dos quais 150 no estrangeiro, trabalha em permanência com cerca de 10 mil exportadoras portuguesas, num processo crescente que permite “acompanhar melhor a agenda da internacionalização das empresas e a captação de investimento”.
O Ministro dos Negócios Estrangeiros reiterou que o Governo português espera que as eleições na Guiné Bissau se realizem em março e que a partir dos resultados eleitorais seja possível constituir um Governo que “obedeça às normas constitucionais e que se normalize a vida democrática”. Rui Machete acrescentou que o “Estado português já disse quais eram as condições que entendia necessárias para que a segurança fosse garantida” e as ligações entre ambos os países fossem retomadas.
Questionado sobre as relações Portugal Angola, Rui Machete referiu que “a vida relacional com Angola processa-se normalmente. A cimeira é um nome que é designado para sublinhar a particular importância de uma reunião. Neste momento não está prevista nenhuma cimeira, estão previstas reuniões”.
O ministro anunciou uma visita de Estado “ao mais alto nível” à China e ao Japão.

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