Vencedor de prêmio literário admite plágio em Angola

Da Redação
Com Lusa

O vencedor do prêmio literário angolano Jardim do Livro Infantil edição 2020, anulado por plágio, assumiu ter copiado a obra na internet e pediu desculpas aos angolanos, considerando-se “arrependido” e “literalmente morto” pelas mensagens de repúdio.

Em declarações nesta quinta-feira à rádio pública angolana, Cirineu de Jesus André Francisco, autor do ‘A Kandengue do Golungo e o livro que não tinha fim’, reconheceu que a obra resulta de um plágio do ‘Livro que não tinha fim’ da brasileira Sandra Aymone.

“Estou cá para pedir perdão ao público angolano, na verdade estou arrependido e espero que não volte acontecer com um outro autor, porque na verdade neste momento me encontro literalmente morto pelos bombardeamentos de informações que me chegam”, disse.

O júri do Prêmio Literário Jardim do Livro Infantil angolano decidiu anular os resultados da edição 2020 por constatar “plágio grosseiro, falta de honestidade intelectual e tentativa de burla” por parte do vencedor que copiou uma obra brasileira, conforme noticiou a Lusa, na quarta-feira.

O Instituto Nacional das Indústrias Culturais e Criativas angolano, em nota de imprensa enviada à Lusa, afirma que a posição decorre do facto do júri do prêmio ter sido alertado que a obra vencedora resulta de um plágio.

Segundo o órgão do Ministério da Cultura, Turismo e Ambiente de Angola, o vencedor do prêmio Minango Ya Nzambi, pseudônimo de Cirineu de Jesus André Francisco, “plagiou integralmente” o livro da brasileira Sandra Aymone, editado em 2015.

O regulamento do prémio determina que as obras submetidas a concurso devem ser originais, inéditas e de criação própria, pelo que, segundo júri “houve uma violação desta cláusula, daí que não terá a atribuição do prémio a um vencedor”.

A cerimônia de atribuição do prêmio, deste concurso anual, estava agendada para 25 de junho. O prêmio anual é de 500.000 kwanzas (740 euros).

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