O Divino Açores é tema de mostra em shopping de São Paulo

Por Eulália Moreno
Para Mundo Lusíada

João Fernandes, Antônio Almeida e Silva, Toninho Paiva, Maria da Graça Castanho, Marcelo Stori e Antônio Cordeiro.

 

A Praça de Eventos do Shopping Anália Franco situado na zona leste da capital paulistana foi sede da mostra “Açores, Divino Açores” que teve início no dia 11, e se prolongou até 22 de abril numa iniciativa conjunta com a Casa dos Açores  de São Paulo (CASP).

Há dois anos que a idéia começou a ser trabalhada tendo como ponto de partida o conceito da Festa do Divino que faz parte do calendário religioso da cidade de São Paulo. “Na opinião dos diretores do Shopping Anália Franco num centro financeiro como este algo mais poderia e deveria ser oferecido no espaço de250 m²que foi disponibilizado e assim, para além da religiosidade, temos também uma divulgação das belezas naturais açorianas, do seu artesanato e produtos de exportação”, conta Rogério Estevão de Medeiros, vice-presidente da CASP.

Grandes painéis com imagens exuberantes da região, trabalhos em linho e em escamas de peixe, “lapinhas”, peças de artesanato das nove ilhas que compõe o arquipélago (São Miguel, Santa Maria, Terceira, Pico, Faial, Graciosa, São Jorge, Flores e Corvo) podem  ser apreciadas pelos visitantes, gratuitamente, de segunda feira à sábado, das 10h às 22h e aos domingos das 14h às 20h. Nos finais de semana e a partir das 16h, o Grupo Folclórico da CASP se apresenta e recebe o Grupo Tributo vindo especialmente da Ilha de São Jorge e também o Grupo Folclórico Padre Tomás Borba da Casa dos Açores do Rio de Janeiro e o Grupo formado por Carlos Catuípe, Cléa Gomes e Victor Hugo do Rio Grande do Sul além das Rendeiras de Santa Catarina.

Marcelo Guerra, presidente da CASP classificou a exposição como um “evento que ficará registrado na história da cidade e constituirá uma viragem na vida das Casas dos Açores existentes pelo mundo” e Graça Castanho, diretora regional das Comunidades, em representação do governo açoriano, também não tem dúvidas quanto a isso: “Esta exposição dá início a um novo ciclo e somos reconhecidos ao Shopping Anália Franco pelo grande contributo na dignificação e afirmação dos açorianos. É a demonstração do que podemos e devemos fazer inseridos nos nossos países de acolhimento. Somos muitíssimos gratos ao Shopping por nos proporcionar a oportunidade não apenas de mostrar a nossa mais cara tradição que é a Festa do Divino, mas também as potencialidades dos Açores, esse paraíso considerado pela National Geographic como o segundo melhor destino em ilhas do turismo mundial e que possui duas das Sete Maravilhas Naturais de Portugal (A Lagoa das Sete Cidadesem São Miguele a Paisagem Vulcânica da Ilha do Pico) e tem o centro histórico de  Angra do Heroísmo como Patrimônio Material e a Cultura da Vinha, no Pico, como lugar classificado pela UNESCO. Infelizmente ainda não temos vôos diretos de nenhuma capital brasileira para lá, estamos a trabalhar para isso mas a partir de Lisboa ou de qualquer capital européia, ou de Toronto no Canadá ou Boston nos Estados Unidos, há vôos diários permanentes. Para visitar as ilhas temos serviços aéreos e marítimos mais freqüentes de março a outubro”.

A exposição para além do apoio da Direção Regional das Comunidades teve a parceria da Agência de Promoção de Investimentos dos Açores – APIA, Direção Regional da Ciência e Tecnologia e da direção Regional do Turismo da Ilha Terceira que disponibilizou um assessor, Rui Costa, para distribuir panfletos e 5 mil livretos que até ao final da semana permaneciam, inexplicavelmente retidos no aeroporto. “É material gráfico de divulgação, sem qualquer publicidade. Não entendo a razão para não liberarem”, lamenta Rui Costa sempre muito solicitado pelos freqüentadores do shopping. “Onde ficam os Açores? São um país? As perguntas são muitas, as pessoas são curiosas, encantam-se com os painéis. Sobre o Divino estão melhor informados, conhecem a festa promovida pela Casa dos Açores, disseram-me até que ruas de São Paulo à volta da associação são fechadas para receber as barracas com comidas típicas”.

O evento acontece no ano em que é comemorado o Ano de Portugal no Brasil. “A iniciativa do nosso centro comercial tem o objetivo estreitar a relação dos povos dos dois países através das belezas naturais e da tradição cultural dos Açores dentro de uma estratégia de oferecer aos frequentadores do nosso espaço opções diferenciadas de entretenimento”, explica Fabíola Soares, gerente de Marketing do Anália Franco que manifestou a sua surpresa com as belezas dos Açores. “Fiquei com uma grande vontade de conhecer, pessoalmente”.

A ausência do presidente do governo regional, Carlos César a inauguração da exposição foi justificada por Graça Castanho por dificuldades de agenda já que na noite da inauguração Carlos César encontrava-se num jantar de lançamento dos eventos comemorativos dos 60 anos da Casa dos Açores do Rio de Janeiro, deslocando-se , em seguida, para Porto Alegre a convite do governo do Estado para as comemorações dos 260 anos da colonização açoriana. “O presidente do governo regional não pode estar presente mas deu todo o apoio para a concretização desta exposição e continuará sempre a apoiar iniciativas semelhantes da Casa dos Açores de São Paulo”, declarou.

Também presentes Antonio Cordeiro, presidente da Câmara de Vila Franca do Campo de São Miguel, a deputada regional Cecília Pavão, deputado federal Carlos Bezerra, o vereador paulistano Toninho Paiva, o presidente do Conselho da Comunidade Luso-brasileira do Estado de São Paulo, Antonio de Almeida e Silva, João Fernandes, superintendente do shopping Anália Franco, Bruno Monteiro, coordenador de eventos, Paulo Machado, diretor de Turismo de Portugal, além da diretoria da Casa dos Açores de São Paulo, membros da comunidade luso-brasileira e autoridades civis e militares da cidade de São Paulo.

 

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