Mirandês integra projeto de recuperação de 7 mil idiomas do Google

Mundo Lusíada
Com Lusa

Miranda Do Douro

O mirandês, falado no nordeste trasmontano, é uma das 7.000 línguas em risco de desaparecimento que constam de um projeto da empresa Google para recuperar e salvaguardar idiomas, que está disponível na Internet.

O Projeto Línguas em Risco (www.endangeredlanguages.com) “oferece a todos os interessados na preservação das línguas um local para guardarem e acederem a informação, investigações e pesquisas, partilharem recomendações e colaboração, refere o texto de apresentação do projeto.

Suportado pela organização internacional Aliança para a Diversidade Linguística, o projeto reúne informação sobre as 7.000 línguas, incluindo onde é falada e quantos falantes, e permite o envio de toda a documentação sobre cada um dos idiomas citados, tanto em texto como em vídeo ou som.

No caso do mirandês, a entrada respectiva informa que está classificada como “vulnerável”, é falada por 15.000 pessoas (segundo dados do ano 2000) e contém informação vária, como a legislação sobre o seu ensino em Portugal.

Depois do arranque, o projeto vai ser entregue pela Google às organizações First Peoples’ Cultural Council e Institute for Language Information and Technology (The LINGUIST List), da norte-americana Eastern Michigan University, que o irão desenvolver.

No texto de apresentação, é apontado com exemplo a recuperação de uma língua usada antigamente na região do Midwest americano e cujo ultimo falante fluente faleceu em 1960.

Anos depois, Daryl Baldwin, um membro da tribo Miami, do estado norte-americano do Oklahoma, começou a ensinar a língua Miami-Illinois a partir de manuscritos históricos.

Atualmente, trabalha com a Universidade de Miami, no Ohio, onde continua a revitalizar o idioma com a publicação de artigos, ficheiros áudio e outros materiais educativos, conseguindo deste modo que crianças estejam a aprender a língua e a ensiná-la, elas próprias, aos colegas.

 

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