Mário Simões lança o seu primeiro cd de fados

Por Ígor Lopes
Do Rio para Mundo Lusíada

O cantor Mário Simões durante sua apresentação

O Salão Nobre da casa da Vila da Feira e Terras de Santa Maria, na Tijuca, Zona Norte do Rio, ficou lotado de amantes do fado que decidiram prestigiar o cantor Mário Simões, na tarde do dia 22 de abril. O cantor lançou o seu primeiro trabalho dedicado exclusivamente ao fado, como uma forma de homenagear o estilo de música portuguesa que se tornou, recentemente, Patrimônio da Humanidade.

Na plateia, nomes de vulto da comunidade portuguesa carioca aplaudiam o desempenho do fadista. Sentada na primeira fila, a consagrada fadista Maria Alcina acompanhou de perto a apresentação do amigo. À luz de velas, o local ficou recheado de histórias que faziam recordar tempos de ouro da cultura lusitana, tudo isso através do fado.

Mário Simões disse que o novo CD é uma realização. “Esse trabalho representa uma realização para mim, já que é o primeiro de CD de fados que eu gravo, pois sou cantor romântico”, comenta Simões, que sublinha que “todo mundo canta fado, desde que tenha sentimento”.

O fadista realçou que é importante o brasileiro se acostumar a ouvir fado à luz de velas e que essa vertente musical fala de destino e história de vida. “O fado pode ser triste ou alegre. Mas conta sempre uma realidade da vida”, revela.

Sobre a seleção das músicas que compõem o CD, Simões explica que cada tema reflete uma parte da sua vida. “Estou me atrevendo a cantar “Estranha Forma de Vida”, de Amália Rodrigues. É muito atrevimento da minha parte, mas vou cantar do meu jeito”, confessa.

Em relação à responsabilidade de lançar esse trabalho, Simões afirma que estar em palco faz a emoção tomar conta das pessoas.

“Você se transforma, procura dar tudo de si, tenta se concentrar, mas a responsabilidade é grande. Entro no palco há quase 40 anos e, cada vez que eu me apresento, é como se fosse a primeira vez. Dá aquele friozinho, mas depois passa”, finaliza.

Durante o show, Mário Simões foi acompanhado por Mário Rui, na guitarra, Sérgio Borges, na viola, e, no baixo, Kleber Mattos.

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