Florbela: Poetisa portuguesa nos teatros paulistas

Para os diretores da peça, demorou muito para ela ser reconhecida como uma das grandes poetisas que Portugal já teve. O espetáculo não se trata de uma biografia segundo os seus organizadores, mas uma tentativa de compreender o que representa a sua história.

O Botija nasceu em 2004, aprofundando-se no estudo teatral. Após receber o texto de Alcides Nogueira, de Florbela Espanca, o grupo seguiu com um estudo de seis meses para conhecer toda a obra e biografia da poetisa.

Nas suas atividades, também inclui apresentações da peça em escolas públicas, segundo a direção do Botija. “Acreditamos que somente através de um refinamento cultural se é possível melhorar o ser humano e por extensão, a sociedade. É notória a falta de oportunidade, das classes menos favorecidas, ao acesso a um evento cultural de boa qualidade, e como o teatro tem em sua essência um dever sócio-cultural, colocamos nossa boa vontade a serviço do social” diz Maciel Oliveira.

Florbela Nascida em 1894, a portuguesa Florbela Espanca viveu uma vida conturbada, e a sua morte virou um enigma. Ela faleceu em 1930, quando se suicidou no dia em que completaria 36 anos. Ela foi casada três vezes, teve uma maneira complicada de se relacionar com a vida, e viveu uma polêmica sobre o seu irmão, Apeles.

Seus encontros e desencontros possibilita penetrar na psique de uma pessoa desesperada em busca do amor. A sua poesia é uma forma de se expressar a triste condição de sua alma.

Apesar de viver em intensa depressão, e do seu suicídio, ela é vista como iluminada e profunda, “uma luz interior que se espraia pelo Portugal de então, pelo resto do mundo de hoje” diz o escritor Alcides Nogueira.

Florbela Espanca Autor – Alcides Nogueira Diretor – Fábio René Produção e elenco – Grupo botija

02/JUN a 02/JUL/2006 Sex 21h00 Sab 21h00 Dom 19h00 TBC Sala ARENA – Rua Major Diogo 315 (próximo ao Metrô Anhangabaú) Ingressos – 20,00 Faixa etária – 12 anos Informações (11) 3104-5523

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