Evento cultural marca geminação Arouca-Santos

Do Jornal Mundo Lusíada

À convite de uma comissão organizadora do aniversário de geminação Arouca-Santos, o maestro português Antonio Costa esteve no Brasil para a realização de um concerto, no Teatro Coliseu em 16 de março, para uma apresentação com a Orquestra Sinfônica de Santos.

Natural de Alvarenga, freguesia do concelho arouquense, Antonio Costa ensina no Conservatório Nacional em Lisboa, e rege a orquestra da escola. "Eu já estive há alguns anos no Brasil fazendo recitais. Nomeadamente no estado de Pernambuco, estive na capital Recife, no Teatro Guararapes que guardo grandes recordações, um público fantástico. Estive também fazendo recital em João Pessoa. Aqui [no sudeste do país] em novembro passado, vim com a finalidade de estabelecer contatos para realização deste evento", disse ao Mundo Lusíada.

Em seu concerto, Costa esteve apresentando uma obra do português Luís Freitas Branco, segundo ele um compositor "extraordinário" e que infelizmente "não é tão conhecido como desejaria aqui no Brasil, mas isso se deve a nós portugueses e não aos brasileiros". Quem esteve presente ao evento assistiu uma Suite Alentejana Nº 1, que é uma sinfonia "muito boa, digamos o melhor que se fez na música sinfônica em Portugal no século XX".

Para Antonio Costa, o evento é importante para Arouca mas sobretudo para Portugal. "É Arouca que está realizando tudo isto aproveitando o ensejo das comemorações da geminação, se não, certamente este concerto não teria lugar. Mas digo, ampliar mais chamando Portugal porque obviamente em qualquer lugar onde estejam arouquenses estão portugueses, e quem ganha efetivamente é a cultura portuguesa".

A partir deste concerto, os portugueses tentam criar uma tradição chamada pelo maestro de inter-culturalidade, ou um intercâmbio cultural, com acontecimentos como este todos os anos, tanto em Santos como na Vila de Arouca.

"Música também tem por missão a aproximação dos povos, e esta é a prova pela realização do que acontece aqui", referiu defendendo a iniciativa como patrimônio cultural. "E que isto fique cimentado para que no futuro possa, em um ano, acontecer em Santos e outro ano em Arouca, porque só assim faz sentido o intercâmbio cultural", finalizou.

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