Artista português apresenta "Sucessão de Fatos" em São Paulo

 

A instalação que já foi apresentada em Paris e na Bienal do Mercosul, chega no Brasil com novo título e versão inédita. Sobre a "instalação pictórica", o curador da mostra Paulo Venâncio afirma que a intercessão é nos campos de pintura, mentais e visuais, com campos do trabalho, físico e corporal, campos de cor; superfície e espaço, campo e terra: cultura”. “Estamos acima e no chão, o que é improvável, estranho e instável pisar sobre telhas, desviar de estrelas luminosas de cor, por entre pigmentos solares – luz irradiada que atravessa o piso e nos atinge em vermelho, branco e amarelo, forças cromáticas tão puras e violentas”. Para a montagem da instalação, o Gabinete de Arte Raquel Arnaud levou quase um mês de trabalho e teve que remodelar espaço. A instalação é composta por centenas de telhas denominadas pelo artista “Telhado Fado”. Conhecido por explorar e ampliar, provocativamente, a relação entre cor e geometria o artista continua exercendo essa função no espaço e na superfície. “Inquieto como sempre, Antonio Manuel, mais uma vez, desconsidera qualquer tipo de hierarquização: os elementos da instalação; telhas, pigmentos, água, telas e tintas, nada mais são do que ativadores da energia plástica que busca mobilizar e desestabilizar o espectador”, define Venâncio. O Gabinete de Arte Raquel Arnaud, em São Paulo, recebe até 11 de novembro o trabalho de Antonio Manuel, "Sucessão de Fatos", das 10h às 19h de segunda à sexta; e sábado, das 11h às 14h. Saiba mais em www.raquelarnaud.com. Sobre o artista: Antonio Manuel nasceu em Avelãs de Caminho, Portugal, 1947. Mudou-se para o Rio de Janeiro em 1953. Em 1963, começa um experimento de arte para uma agência de publicidade e posteriormente, para um jornal. Antonio Manuel se tornou familiar aos críticos Mário Pedrosa e artistas como Ivan Serpa, Lygia Pape e Hélio Oiticica. Participou de eventos idealizados por Oiticica como “Tropicália” e “Apocalipopótese”. Em 1970, Antonio Manuel produziu sua polêmica “O Corpo é a Obra”, no Museu de Arte Moderna, do Rio de Janeiro. O artista também já escreveu e dirigiu diversos Curtas-Metragens. Em 1997, foi um dos temas da retrospectiva a Hélio Oiticica realizada no Centro de Arte Hélio Oiticica, no Rio de Janeiro. Em 1999, realizou uma exposição solo no Jeu de Paume, de Paris. Em 2000, ele e artistas brasileiros como Artur Barrio e Lygia Pape tiveram retrospectiva no Museu Serralves, na cidade de Porto. Em 2003, realizou uma exposição individual no Centro Cultural São Paulo. Suas exposições em grupo mais recentes foram: “Experiências na Fronteira”, ao lado de artistas do Gabinete de Arte Raquel Arnaud; 5ª Bienal do Mercosul, Porto Alegre, Brasil; No Pharos Centre of Contemporary Art, Nicosia, Chipre e na mostra “A Arte Contemporânea Brasileira na sua Diversidade”, no Carreau du Temple, de Paris. O artista é representado pelo Gabinete de Arte Raquel Arnaud desde 1976.

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