Venezuela, Ucrânia e Croácia querem entrar na CPLP

Mundo Lusíada Com Agencias

A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) é formada por Estados-membros que tem o português como idioma oficial. Mas o interesse na participação na Comunidade de outros governos vem aumento, através do estatuto de observador.

Há cerca de dois anos, entrou Guiné Equatorial, neste mês é a vez de Senegal adquirir o estatuto de observador associado da CPLP. Países do leste europeu e América Latina também mantêm o mesmo desejo. A Venezuela, Ucrânia e Croácia já divulgaram o interesse em participar como observadores.

Segundo informações adiantadas pelo Diário de Notícias de Portugal, a Guiné Equatorial não descarta a hipótese de passar a ser membro efetivo da CPLP, acrescentando o português às duas línguas oficiais: castelhano e francês. Em comunicado divulgado pelo governo, a Guiné considera fazer parte da Comunidade e poder receber professores para formação em língua portuguesa, assim como enviar seus estudantes aos países lusófonos. O país pretende ainda intensificar colaboração em áreas como saúde e turismo.

"Temos sido abordados por diversos países que exprimiram informalmente o seu interesse em aproximarem-se e solicitar o estatuto de associados”, afirmou o embaixador Luís Fonseca, então secretário executivo da CPLP.

A Comunidade é bem vista pelos sul-americanos que faz fronteira com o maior país do continente latino, o Brasil, entre eles a Venezuela, onde há uma grande comunidade portuguesa. Já no leste europeu, Ucrânia e Romênia mantêm seus laços estreitos com Portugal por conta dos fluxos migratórios. E além das questões políticas, também se destaca o interesse econômico, diante do crescimento de países como Brasil e Angola. Estes países, além de Timor e São Tomé, todos membros da CPLP, dispõe de petróleo.

Fundada há 12 anos, a CPLP iniciou com sete países de língua oficial portuguesa, sendo Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe. Em 2002, a CPLP aderiu o oitavo país, Timor-Leste. Na Cimeira realizada em Bissau, em 2006, a comunidade inseriu os primeiros dois países com status de observador, Guiné Equatorial e Maurício, ou Ilhas Maurício (localizado no Oceano Índico, formado por comunidades indiana e moçambicana). Nesta última Cimeira realizada em Lisboa, dias 25 e 26, esteve prevista a adesão do Senegal.

CPLP: Novo secretário-executivo Domingos Simões Pereira, ex-ministro guineense, vai ser o próximo secretário-executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, substituindo o cabo-verdiano Luís Fonseca, segundo informações da chefe da diplomacia da Guiné-Bissau. Maria da Conceição Nobre Cabral adiantou à Lusa que a escolha foi tomada consensualmente pelo presidente guineense, João Bernardo "Nino" Vieira, e pelo Governo de Martinho Ndafa Cabi, tendo por base a "excelente capacidade humana, intelectual e profissional" de Simões Pereira.

Natural de Farim (norte da Guiné-Bissau), Domingos Simões Pereira, 44 anos, foi ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações no governo saído das eleições legislativas de 2004, pelo Partido Africano da Independência da Guiné e cabo Verde (PAIGC). Já fora do governo, Simões Pereira, licenciado em Engenharia pela Universidade de Odessa (ex-URSS e atualmente Ucrânia), e mestre em Estruturas pela Universidade de Fresno (Estados Unidos), presidiu à Comissão Preparatória da VI Conferência de chefes de Estado e de Governo da CPLP, em 2006 em Bissau.

A Guiné-Bissau é o país que se segue na chefia do secretariado executivo, tendo em conta o critério de ordem alfabética em vigor na organização. Depois de Angola (1996/2000), Brasil (2000/02 – 2002/04), Cabo Verde (2004/08), é agora a vez da Guiné-Bissau assumir o secretariado executivo. Portugal assume a presidência da organização nos próximos dois anos e dedicará prioridade à língua.

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