UE e Portugal felicitam Moçambique pelo entendimento sobre assuntos militares

Da Redação
Com Lusa

A delegação da União Europeia (UE) em Moçambique felicitou nesta quinta-feira o entendimento entre o chefe de Estado e o líder interino da oposição anunciado no dia 11 de julho.

A UE entende que o consenso entre o Presidente da República, Filipe Nyusi, e o coordenador da Comissão Política da Renamo, Ossufo Momade, em matéria de assuntos militares, mostra “vontade de realizar progressos tangíveis”, refere em nota.

A delegação junta-se às felicitações já expressas pela Suíça, que preside ao grupo de contacto entre o Governo e a Renamo, pelos EUA e por Portugal.

“Este é um passo importante para o reforço da confiança mútua entre as duas partes e para a conclusão de um processo de paz efetiva”, acrescenta.

A UE e os seus Estados-membros “estão dispostos a apoiar as partes na implementação bem-sucedida deste acordo e no processo geral de paz e reconciliação nacional, para benefício de todos os moçambicanos”, concluiu o comunicado.

“O Governo português saúda o acordo alcançado entre o Governo de Moçambique e a Resistência Nacional Moçambicana (Renamo) sobre questões militares, que cria condições para o desarmamento, desmobilização e reintegração da ala militar da Renamo nas Forças de Defesa e de Segurança da República de Moçambique”, afirma o executivo, num comunicado divulgado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE).

O anúncio, feito esta quarta-feira pelo Presidente, Filipe Nyusi, e pelo coordenador da comissão política da Renamo, Ossufo Momade, “constitui uma clara demonstração do empenho, ao mais alto nível, quer do Governo moçambicano, quer da Renamo, em prol da paz, estabilidade e desenvolvimento de Moçambique”, refere o Governo de António Costa.

O Governo português reiterou o seu “mais sincero apoio a Moçambique e aos moçambicanos na implementação do processo de paz”.

O ex-líder da Renamo, Afonso Dhlakama, morreu dia 03 de maio, devido a complicações de saúde, numa altura em que já tinha negociado com Nyusi a descentralização do poder com vista à paz, mas deixando por fechar o dossiê militar.

A Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), partido no poder e a que Nyusi preside, fez depender, em junho, a aprovação de legislação eleitoral, de avanços no processo de desmilitarização da Renamo.

O encontro de quarta-feira poderá desbloquear o impasse no parlamento e levar à aprovação de legislação de que depende o calendário eleitoral das autárquicas de 10 de outubro.

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